segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saudades

Sentimento petulante. É a dor que te incomoda, mas que não é visível. É o sentimento que te traz lágrimas inesperadas, em momentos inoportunos. É o que te faz pensar como a vida pode ser amarga na ausência de pessoas especiais.
O sentimento que pode ser sentido de várias maneiras. Sentimos saudades do amigo que está ocupado demais com o trabalho, da amiga que não se vê pela correria do dia a dia, da mãe e do pai que foram viajar, do irmão e irmã que se casaram e não se pode mais nem ao menos importunar, de quem não está por perto e é a única pessoa que deveria estar.
É difícil ouvir a música que lembra. É difícil esquecer as risadas. Muito mais difícil é se esquecer de gestos, das brincadeiras e das conversas. E ainda pior do que tudo isso, é ter a certeza que tudo ainda vai ficar mais cinza com a ausência prolongada e com a ausência do diálogo, com a separação involuntária e com as lágrimas que se seguirão por um período indeterminado e demasiadamente doloroso.
É muito difícil procurar entre os rostos da multidão, o único rosto que se quer ver e que nunca se acha. É difícil tentar lembrar-se de tudo, quando o tudo já não é mais que uma vaga lembrança, é difícil encontrar alguém como o alguém que você procura, seja ele quem for.

Ouvindo : Die, die my darling - Metallica

sábado, 19 de dezembro de 2009

Use somebody

I've been roaming around
Always looking down at all I see
Painted faces, build the places I can't reach

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody
Someone like you

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep
Waging wars to shape the poet and the beat
I hope it's gonna make you notice
I hope it's gonna make you notice

Someone like me
Someone like me
Someone like me, somebody

Someone like you, somebody
Someone like you, somebody
Someone like you, somebody

I've been roaming around,
Always looking down at all I see


OBS: Boa música, bela voz do vocalista do Kings of Leon, é Natal e anda tudo muito corrido e mais importante do que tudo isso, traduz muito bem todo e qualquer momento nos últimos tempos. Boas Festas e Boas Férias!!!

Ouvindo: Kings of Leon - Use Somebody

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tudo que vai

“...deixa o gosto...deixa as fotos...”

É difícil aceitar que em um determinado momento da vida temos de nos separar de tudo o que tínhamos por certo, de tudo que conhecemos como o mais perfeito conto de fadas e exemplo do que gostaríamos de ter pela vida toda, tudo que nos foi dado e depois, parecendo logo em seguida nos ser negado.
A vida é sarcástica conosco. Ela passa o tempo todo nos pregando peças, que nem sempre nos parecem de bom gosto, peças que machucam, ferem, a ponto de termos a certeza de que nunca mais seremos felizes novamente. Assim seguimos toda nossa existência, cheia de idas e vindas, altos e baixos, decepções e tristezas, e há quem diga que quase nunca alegria.
As pessoas entram em nossas vidas, nos trazem alegrias, sentimentos jamais vivenciados antes, nos sentimos vivos como nunca e repentinamente, essas pessoas partem de nossas vidas, levam tudo que nos deram, e ainda deixam a dor, a saudade, e a lembrança como recordação, a recordação amarga de tudo que já se foi um dia, de tudo que já se teve, e do nada que restou.
É difícil aceitar que tudo acaba um dia, até mesmo porque, esse acaba às vezes chega muito cedo, sem aviso nenhum e nos encontra cara a cara, nos deixando devidamente tristes e confusos, nos faz procurar respostas jamais encontradas, explicações inexistentes e nos presenteia com dúvidas pertinentes, fazendo tudo sem nexo e confuso, e muito mais do que isso, tudo doloroso.
Podemos não encontrar explicações, nunca saberemos o que aconteceu e o que estaria por vir se assim não tivesse sido, fato é que as saudades ficam, a dor incomoda, o choro afoga, a noite traz soluços e a vida se torna cinza, porém como a história de amor não é pra sempre, o sofrimento também não é, e um dia ele passa, um dia o Sol aparece novamente, o choro não é mais constante, o soluço se cura, a dor é como anestésico, e as saudades tornam-se apenas bonitas lembranças, para serem apenas lembradas e não somente sofridas.

Ouvindo : Dont’ let me down - Stereophonics

domingo, 25 de outubro de 2009

Insubstituíveis

Existem momentos especiais, pessoas sensacionais, sentimentos que ficarão para sempre em cada coração que o sentiu. E embora não mais exteriorizados, eles permanecem lá, estacionados, congelados no tempo que não os tornou menos fortes, mas que apenas fez nos aceitar que eles deveriam ser guardados, aceitos como imaculados, e antes que se perdessem em meio a tantos erros aos quais nós os sujeitamos, eles deveriam apenas permanecer em sua forma bela, pura e imaculada, para que absolutamente nunca, possam ser sujos com sentimentos grotescos, como ódio e raiva, que nada mais são do que o resultado dos erros que cometemos a cada minuto em nossa falta de percepção e tato do que a vida nos ofereceu, e que sem ao menos percebermos, nós estragamos com apenas uma palavra ou com a ausência de um gesto.
A cada passo que nós damos, a cada música que escutamos, a cada longo segundo que passa após o fim, nós achamos que nos tornamos fortes, que estamos superando, e chegamos a acreditar na tolice de que já não sentimos mais, mas nesse exato momento é quando se ouve a música que faz o coração quebrantar, é quando se lembra dos momentos especiais, é quando vemos alguém passando pelo mesmo que passamos há meses atrás e nesse exato momento é que notamos, que embora o tempo passe, as coisas mudem e tudo pareça ser diferente do que era quando o céu ainda era cinza, percebemos que jamais poderemos substituir quem de fato é insubstituível.
Os dias já passam sem demorar, as risadas já voltaram e as lágrimas secaram por fora, mas elas ainda escorrem por dentro, dentro de uma idéia fixa, dentro da esperança que já não existe, dentro da vida que só é colorida por fora, mas que por dentro insiste em nascer cinza, pois o Sol já se foi há tanto tempo. Tudo que nos resta nessa situação é aceitar o cinza do outono, pois o inverno já foi embora, em meio a tantas lágrimas derramadas, a tantos prantos consolados pelo ombro amigo que nunca te abandonou, mas o outono nunca se tornará verão, e quando se sabe disso, a vida tende a ter um aspecto cinza, não frio, somente nebuloso, como qualquer outro tipo de falta de esperança, que é o que resta quando se conhece a dura realidade que a vida nos apresenta, existem pessoas insubstituíveis.
Chega o dia em que notamos que nenhum sorriso substitui a expressão séria, que nenhum elogio substitui a falta de doçura, que nenhuma tentativa bem sucedida de não brigar vai substituir as brigas travadas em outrora, que as saudades não são tão expressivas quando faladas e sim que elas realmente só são importantes quando apenas sentidas, e que o sentimento do agora é irrisório perto do choro de antes, das saudades do ontem, do sentimento sem precedentes que já se sentiu um dia, um momento de devaneio em meio a tudo que se conhece e que pode ser chamado de não outra coisa que somente e simplesmente amor.
Quando se percebe a diferença entre tudo que se teve e o que se tem, mesmo quando se tem a certeza de que o agora é mais saudável, mais macio, menos doloroso, nada conforta, porque não é como sentir como sentia antes, não é como não dormir pelo que não se dormia antes e não é nem um pouco mais fácil do que antes, é apenas menos doloroso, mas nem por isso é bom. Não é fácil sentir como se tudo faltasse, nada completasse, mesmo quando se tem tudo e se sente que não se tem nada, pois o tudo está apenas na memória, na recordação, no ontem, no passado, no que se foi e que não há de voltar.
Existem sentimentos, de todas as formas, intensidades, e existe um sentimento, um único sentimento, que se guarda para sempre, que não se desfaz com o tempo, com a distância, com a impossibilidade de se realizar, aquele que não se concretiza e que mesmo assim pode ser vivido, aquele que não foi correspondido, mas foi sentido ao máximo possível, o sentimento que mudou você, que mudou sua vida, sua visão, tudo que você conheceu que não pode nunca ser comparado a nada, que não pode ser esquecido, embora sempre machuque quando é lembrado, mas que é o único que fere sem causar mal, é aquele que fica guardado em nossa memória, que dele só restam às boas lembranças. É o sentimento que sempre guardaremos no coração, que a vida só nos permite sentir uma vez e que é a melhor parte de nós para sempre, é o sentimento que não se compara não se iguala e que nunca haverá definição, pois amor é pouco para tanto quanto ele.
Sempre existirão chances, pessoas, risos, vidas, mortes, momentos, felicidades, saudades, tristezas, paixões, amores e sempre existirá o que fica para sempre, o que é insubstituível, imutável, incomparável, sem definição e que embora não exteriorizado, estará sempre vivo, será sempre sentido e nunca, jamais, esquecido.

Ouvindo: Bella's lullaby - Edward Cullen

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Momento twitter

O tempo anda um pouco complicado para mim e para a criação de novos textos, mas para mostrar que esse blog ainda vive, vim deixar uma frase que gosto bastante, num estilo um pouco twitter para o meu gosto...

''Pior é aquele que não é, acha que é e finge ser"

Ouvindo : That's what you get - Paramore

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Inapta

Eu não nasci para um mundo de falsos sorrisos, de gente que preenche o vazio com o que há de mais vazio que se possa imaginar. Não nasci para falsas declarações, nem para mentiras que melhoram situações. Não nasci para amigos demais, gente demais, lugares lotados, pessoas simpáticas e todo esse mundinho pop. Não fui feita para ser legal porque me convém, nem para aceitar críticas fundadas na inveja, muito menos fui feita para aturar a hipocrisia que emana de cada sorriso mal disfarçado, pela dor de cada um que finge ser feliz. Não nasci para um mundo cheio de sorrisos forçados, abraços falsos, amigos de balada, jovens autodestrutivos. Não fui feita para um mundo cheio de ignorância, falta de personalidade, falta de bondade e caridade, ausência de altruísmo e maldade por todos os cantos. Um mundo ao qual não pertenço, é o mundo no qual vivo, e isso não me traz nenhuma perspectiva, não que traga a você também, pois nós dois vivemos nele, porém você pode estar cego pela falta de coerência de suas ações e pensamentos.
Nasci para um mundo onde existe compaixão e sentimento, onde as pessoas enfrentam seus problemas e amadurecem quando é chegada à hora. Nasci para um mundo onde as pessoas ainda pensam, valorizam o pensamento e a identidade alheia. Nasci num mundo onde se chora quando se está triste e se sorri quando se está alegre, um mundo onde os pássaros ainda cantam e as plantas ainda dão frutos. Eu nasci para um mundo onde você ainda pode ser você mesmo, não precisa ser legal e nem pop para ser bem aceito. No mundo para o qual eu nasci você não precisa ser igual a todo mundo, e se você não gosta de estar no meio onde foi aceito, as pessoas entendem isso perfeitamente. Nasci para um mundo no qual a inveja é abominada, onde amigos são aqueles que te amam de verdade e não aqueles que esperam que você seja igual a eles. Nasci para um mundo onde casais são felizes para sempre, onde amizades entre sexos diferentes existem, onde hipocrisia é ridículo, e sinceridade, em especial consigo mesmo, está super na moda. Eu nasci para um mundo onde as pessoas não se autodestroem e em que as pessoas tentam ser felizes sem se fazer valer de falsos artifícios.
O mundo para o qual eu nasci não existe, talvez nunca tenha existido, ou talvez ele exista no mundo que eu criei para mim mesma, longe de toda essa loucura cotidiana que me cerca, longe dos dedos que me apontam por ser diferente, longe daqueles que me olham com desdém, porém sentem inveja. Posso ser chamada de careta, de metida, de autista se você assim preferir. Você pode se referir a mim como quiser, do ponto de vista de sua insignificância e mediocridade hipócrita, a qual você disfarça com unhas e dentes, somente para esconder seus traumas, ou para ser mais um serzinho pop e fútil em cima do planeta, prefiro ficar no meu mundo inóspito para sua vida desenfreada, porém aconchegante para alguém que pensa.
Tenho certeza que não fui feita para nenhuma dessas falsas idéias, as quais hoje se tornaram verdades absolutas e incontestáveis, as quais chamam de modernidade. Não acredito em nada do que você acredita, tão pouco acredito que isso mude algum dia, somente posso afirmar que meu mundo é meu lugar e isso não vai mudar.

Ouvindo: Over you - Chris Dauhgtry

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Parece que foi para sempre..

Ainda parece que foi ontem que você se foi;
e que eu tive a certeza de que você não voltaria mais.
Mas isso já foi há tanto tempo;
que parece que foi para sempre que você se foi;
e parece que todo dia é uma surpresa;
ter a certeza que você não vai voltar;nunca mais.

É inútil tentar preencher o vazio que ficou;
é difícil tentar esquecer o que nunca foi;
é horrível saber que você não estará aqui;
é chocante saber que ainda sinto sua falta.

Ainda me parece que foi ontem;
que eu ria das suas piadas sem graça;
que eu chorava com você todas as suas mágoas;
e que você ainda era aquele que me entendia;
diante de toda a confusão que eu fazia.

Mas aqui estou eu agora;escrevendo as desculpas erradas;
pois meu coração não vê nenhuma delas como certas;
elas só aprofundam mais;
cortes que ficaram desde que você se foi;
tudo que meu coração pede é;
“por favor, volta pra casa”.

Eu sinto tanto a sua falta;
desde que você se foi;
e eu só quero que você volte;
volte pra casa, volte para mim.

Eu ainda espero que;
quando você voltar;
eu esteja aqui e que eu possa ter a certeza;
de que você voltou para casa;
que você voltou para mim.


"I want you to know it's a little fucked up
That I'm stuck here waitin', no longer debatin'
Tired of sittin' and hatin' and makin' these excuses
For while you're not around, and feeling so useless
It seems one thing has been true all along
You don't really know what you got 'til it's gone
When you come back I won't be here..."


Ouvindo : Where'd you go - Fort Minor

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ilusões

Às vezes se perde, outras vezes se perde de novo, e raras são as vezes que se ganha. Pelo menos às vezes em que se ganha da maneira como se queria.
É difícil aceitar que nem tudo é como queremos, e quase nada da maneira como esperamos. As chances de se acertar são quase nulas, tudo depende de fatores externos e sempre estamos tentando, mas quase nunca recebendo 100% do esperado, ou ao menos, do planejado.
Dessas circunstâncias da vida nossa de cada dia, surgem as ilusões, aquelas que criamos para conforto próprio, para descanso e sossego da mente, para que possamos muitas das vezes encostar a cabeça no travesseiro, fingindo que está tudo bem, quando sabemos que o mundo vai desabar a qualquer momento.
As ilusões fazem parte da vida, ninguém conseguiria sem elas viver. Seria pesado demais encarar um mundo com verdades absolutas, até mesmo porque, se todos nós o fizéssemos, o mundo seria muito mais que um lugar cinza, seria um todo deprimente, complexo, monótono e sem vida alguma, diante do cabisbaixo de cada ser que encara sua realidade de forma tão real, que é incapaz de sonhar, que nada mais é, do que o produto da ilusão, a qual nós criamos todos os dias em nossa mente.

Ouvindo : This is not a love song - Nouvelle Vague

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Chances...

“(...) E esconder da sua vida o que você sempre quis...”

É isso mesmo, estou iniciando essa postagem com uma frase de uma música lindinha, fofinha e graciosa que adoro, de uma banda q sinceramente gosto e que não é emo ok?
Só para lembrar, e se fosse também, não haveria problema nenhum, porque vou aproveitar a oportunidade para admitir que é verdade sim, eu gosto de Fresno!!! E qual o problema nisso?!
Depois desse desabafo acima, vamos lá...

O motivo de colocar essa música no inicio da postagem é, em primeiro lugar, eu gostar da música, o segundo motivo é que ela tem tudo a ver com o tema que pretendo abordar nessa postagem e o terceiro é que se você parar para ler/ouvir a letra você vai notar que em algum momento da vida, bem lá no fundinho do âmago, naquelas partes subterrâneas dos seus sentimentos que você jurou a si mesmo, nunca mais desenterrar, a letra tem todo um fundo de verdade, porque você, sim, você mesmo, já passou por essa situação, não venha me dizer que você, sujeito barbado de mais de 20 anos nunca passou por isso, porque de duas uma, ou você está mentindo, por ser mais conveniente, ou você é eremita, pois não é possível que isso nunca tenha acontecido.
O tema dessa postagem são as chances, sim sim, as chances. Existem vários tipos de chances, aquelas que professores batutas (não sei de onde tirei isso agora) te dão para salvar suas notas, aquelas que quando você estava atrasado pra ir para escola, um motorista camarada parou o transito infernal, para você pobre estudante atravessar aquela avenida sempre engarrafada onde ficava sua escola, a chance que sua mãe te dá, ao fingir que não viu que você não arrumou aquela bagunça monstruosa do seu quarto e também as chances que você deve dar a si mesmo, aquelas que você é muito teimoso e teima não dar a si e que são em definitivo o assunto dessa postagem.
Às vezes não queremos esquecer, não queremos lembrar, muitas das vezes nos tornamos incapazes de sentir e ouvir, e em outras tantas vezes gostaríamos de sermos realmente incapazes de tanto, pois nos escondemos, fugimos da realidade que nos é jogada na cara a cada minuto e não nos damos conta de tantas coisas que estão ao nosso redor, e que talvez de fato, fossem aquilo que tanto queríamos e que ainda não encontramos, por um simples e tolo capricho humano, chamado teimosia, a teimosia de ver o certo onde tudo está errado.
Sonhamos com tudo aquilo que queremos, sem de fato apalpar esse “tudo”, um tudo que às vezes não passa de um fruto da nossa pobre imaginação deficiente, ou talvez não passe de uma ilusão nem um pouco comedida, de todos os nossos devaneios encantados. E com tudo isso, nós perdemos as chances, as chances de realmente ter tudo isso que tanto sonhamos, em lugares que nós nunca imaginaríamos que estivessem e nessas horas mágicas de descoberta é que se nota o quanto se foi tolo e que você se arrepende de não ter se dado a chance de sentir tudo o que você queria antes, talvez não da forma como você sonhava, talvez muito melhor.
Todo dia nos são dadas novas chances e todos os dias, nós jogamos essas chances fora, pois estamos muito ocupados idealizando o que nunca deveria ser idealizado e sentindo tudo aquilo que não existe, em uma proporção tão grande, que chega a ser assombrosa.
Passamos a vida toda nos prendendo a coisas irreais, tentando viver ou reviver tudo aquilo que queremos e esquecer tudo que vivemos e foi inesquecível. Se dar uma chance não é fácil e mais difícil é dar uma chance aquilo que não tem chance nenhuma, em nossa concepção, mas nada é imutável, então pode ser que sua opinião mude, conforme as chances que você der a você mesmo e também quando você notar que a maior chance de todas é parar de se esconder atrás de coisas que não existem e nunca existirão. Essa definitivamente é uma chance que poucos concedem a si mesmo, mas aqueles que concedem, descobrem o mais importante da vida, que é o viver, e ser feliz.

OBS: Texto um tanto quanto desconexo, mas é o máximo que consegui me expressar, se vocês lerem com atenção e refletirem bem vão entender ;) (afinal não dá pra escrachar minha vida aqui =P)

“Não sabe o que é ter que esquecer
Cada minuto cada instante passado com você
Pra me dizer que não é feliz
E esconder da sua vida o que você sempre quis”

Ouvindo: O que você sempre quis - Stevens

sábado, 15 de agosto de 2009

Banalizando

Estive reparando, tenho me sentido muito saudosa nos últimos tempos, talvez de um ou dois meses para cá. Pode ser um sentimento estranho às vezes, acho que no meu caso está relacionado a saudades muito bem fundadas de amigos que estão longe e não voltarão tão cedo, saudades do tempo que passávamos juntos e esse tipo de coisa. Mas esse saudosismo exacerbado que me tomou recentemente tem me tornando um pouco azeda, não que antes dele eu não fosse, mas nesses tempos tenho chegado ao um estado que consigo ser mais crítica do que pessoas que ganham a vida sendo críticas.
O motivo da minha crítica podem dizer que é amargura, podem dizer que é dor de cotovelo, podem dizer que sou ultrapassada e estamos no século 21 e todo esse blábláblá, mas como eu disse na ultima postagem crianças, Eu sou do tempo..., e embora não tenha dito isso no meu ultimo texto, eu sou do tempo em que não se dizia EU TE AMO, como se diz eu to com fome, mesmo se estando de barriga cheia.
Eu me sinto simplesmente revoltada com a banalidade que o mundo toma a cada dia, a futilidade que nos cerca e a falta de sentimento que ronda cada segundo de nossas vidas. Digo isso, pois venho reparando freqüentemente em alguns Nicks por ai, fotos de alguns por ai e vejo essa banalidade implícita em todas elas, em especial dos mais jovens, e quando digo mais jovens, não me refiro a jovens de 20 anos como eu, e sim a molecada de 15, 16 anos.
É incrível como eles dizem eu te amo com uma facilidade, com o perdão da expressão eles dizem “eu te amo’, como se dissessem “eu peidei”, é ridículo, nojento e escroto, como a frase que sugeri, o modo como dizem e do modo que dizem, chega a ser falta de respeito com os sentimentos, deles e do receptor da mensagem.
Em tempos como os nossos, em que quase tudo se tornou banal, respeito é brega e educação é uma palavra sem significado para muitos, a banalização do “eu te amo” já é deveras pesarosa, já extrapola limites, até mesmo os da sanidade, pois o que tinha pra banalizar já foi banalizado mesmo, agora o sentimento mais lindo e imaculado que um ser humano pode conhecer ser banalizado, é demais para minha mente de contos de fadas.
Você que está lendo ai, do outro lado da tela, pode ser um romântico apaixonado, uma pessoa sensata ou conservadora e até mesmo um cético em relação a amor e felicidade, mas sendo você um desses perfis citados ou outro o qual não citei, ou até mesmo preferindo não se encaixar em rótulos, todos nós vamos ter de concordar, a cada dia que passa tudo isso fica mais banalizado, os sentimentos vem perdendo a cor, o brilho e o seu real significado, a ponto de entristecer corações, causar depressões e acabar com ilusões de pessoas que um dia desses, ainda acreditavam nas palavrinhas mágicas e foram enganadas por essa banalização desenfreada do “eu te amo”, inclusive você que se diz cético, pode ser uma delas.
Lembrem-se sempre, em especial, os espertinhos de plantão que adoram dizer “eu te amo” até para o guarda noturno da rua, embora esse nunca seja o mesmo, e você nem saiba o nome do sujeito, e na maioria das vezes que você o viu, estava chegando bêbado da balada! O amor é bonito, mas é difícil e amar não é gostar, o gostar do amor é o gostar das qualidades e, sobretudo, amar os defeitos, aqueles mais horríveis que você poderia citar em uma pessoa, mas que NAQUELA PESSOA, eles caem perfeitamente bem e se tornam qualidades. Então, só diga "eu te amo", quando tiver a certeza de que não está dando pérolas aos porcos, em especial, quando esse porco é você.

Ouvindo: Blood Brothers - Iron Maiden

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Desapegue

Passo pela crise que jurei que nunca passaria. Uma fase difícil, quase uma depressão, diria minha tia!!! Afinal quem mandou ter idéia de girino, não é mesmo?
Um belo dia, ou madrugada, decidi que queria mudar, aulas chegando e sabe como é não mudei no começo do ano, melhor mudar em agosto, passar o ano todo com a mesma cara languida não é pra mim! Então com alguns pensamentos loucos, e amigas mais ainda, decido cortar o meu cabelo de Rapunzel, que estava no meio das costas, lindo e semi loiro, um arraso! Axl Rose teria inveja de mim!Mas como eu disse teria...
Fui ao cabeleireiro, que maravilha, pensei que ia me sentir uma nova mulher, mas pelo contrário, me senti um mangá! Fiquei idêntica a um, quando a intenção era ficar com o cabelo igual o da Shirley Manson, e então começa o sofrimento!
Cheguei em casa, procurando o cabelo que antes caia nas costas, pedi opinião de amigos, da mãe, do pai, da irmã, da tia e do cachorro! Pedi opinião de todo mundo e cada um dizia uma coisa, adorei, ficou horrível, diferente, show! E isso só me deixava mais confusa e mais agoniada, ainda mais quando eu lembrava da cara do cabeleireiro dizendo ‘’pode navalhar mesmo?’’ e com um sorriso enorme!
Eu me gabei à vida toda, de nunca ter me arrependido de um corte, sempre sai satisfeita, me arrependi de pintar de preto uma vez, mas tintura a gente resolve em uma semana, cabelo ou cresce ou você faz megahair, duas opções demoradas e a segunda tem muitos custos. Agora estou aqui, escrevendo isso a você, caro leitor e principalmente cara leitora, que talvez melhor do que eu saiba o que é passar por isso, não desmerecendo os leitores ex-cabeludos, afinal eles também sabem o que é ficar com um cabelo muito curto!
Agora já estou mais calma (acho), estou procurando acreditar que isso é um sonho ruim ou ainda dizendo pra mim mesma “cresce rápido”, embora isso não seja convincente, mas não tenho muito que fazer, além disso. O que me resta fazer é o que o titulo do texto diz “desapegue”, cabelo nasce de novo.

sábado, 25 de julho de 2009

Eu sou do tempo

Eu sou do tempo em Billy Joe do Green Day não era emo e sim punk! Do tempo em que o Tom Delonge do Blink era um idiota e por isso era legal, do tempo em que Bruce Willis era casado com Demi Moore e era chamado para fazer os blockbusters mais fantásticos do cinema. Sou do tempo em que Madonna ainda fazia polêmica e que Britney Spears era supostamente virgem, do tempo em que indie era indie mesmo e não modinha. Sou do tempo em que a 89 era a rádio rock e melhor ainda, do tempo em que rock ainda tocava no rádio! Sou do tempo em que D2 era preso por fazer apologia à maconha, Capital Inicial fazia música de verdade e Legião ainda tocava nas rádios. Eu sou do tempo em que o Lula sonhava com o mandato, do tempo que crianças sabiam cantar “atirei o pau no gato’’ e do tempo em que se ia para o shopping de sapato. Sou do tempo em que balada era coisa para jovens de 20 anos e não para crianças de 12, essas brincavam de Barbie e autorama, não madrugavam no MSN e nem sonhavam com internet! Sou do tempo em que Chinese Democracy era lenda, em que Strokes era uma bandinha que não ia fazer sucesso e do Top 20 Brasil e do Disk MTV com a Sabrina. Eu sou do tempo que não existia piriguete e sim galinhas, e essas eram raras e desvalorizadas, sou do tempo da MTV politizada, do tempo em que jovens ainda pensavam. Não sou do tempo de Crepúsculo e sim de Christiane F., de Nintendo 64 e não de PS 1, 2 e 3. Sou do tempo do VHS, do vinil e do Planeta Xuxa. No meu tempo todo mundo comia pipoca com guaraná no sábado à tarde e não pizza alias sou do tempo em que pizzaria não era uma em cada esquina. Sou do tempo do Oasis, Blur e Red Hot Chili Pepers e também do tempo que Metallica era uma banda mega conhecida, do tempo em que o Maiden não fazia show todo ano no Brasil e do tempo que emo não era um bando de adolescentes chorando com franja. Eu sou do tempo das Spice, BSB e N’Sync, do tempo dos Hanson’s e da KFC. No meu tempo não existia Hopi Hari, só Playcenter, criança dormia cedo e assistia Eliana. Eu sou do tempo de tanta coisa, Fofy, Beto Carreiro, chocolate da Mônica, Pogobol e Acquaplay. Sou do tempo que nem todo mundo falava inglês. É eu sou do tempo de muita coisa, de um tempo que eu sinto falta, de um tempo mais simples e mais normal.
O tempo passou, eu cresci, as coisas mudaram e eu tenho saudades. A vida era mais fácil, as pessoas tinham mais tempo, educação e respeito era moda, quase todo mundo tinha e os valores eram reais e não invertidos como hoje.
É difícil lidar com o passar do tempo, mas mais difícil ainda, é perceber que eu cresci, mas que a humanidade regrediu e não evoluiu.

Ouvindo - Bush - Machinehead

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Areia demais

Férias, tédio, tempo de colocar a leitura em dia não é mesmo? Decidi que iria ler alguns livros que já estavam pendentes há algum tempo, o Gomorra, por exemplo, do Roberto Saviano, mas está sofrível, então decidi intercalar a leitura com outro livro, que conheci fazendo um teste em alguma revista feminina, que me deparei em alguma casa de tia ou cabeleireiro.
O nome do teste era “qual livro você é?”, e o resultado do meu teste foi justamente inesperado e óbvio, Doidas e Santas, de Martha Medeiros. Inesperado por conta de não ser um romance dos típicos que eu sou fã, nenhuma história linda e maravilhosa de Machado de Assis, o ápice da literatura nacional para mim, e sim uma autora da qual eu nunca tinha ouvido falar, embora já conhecesse uma de suas obras e tenha adorado a mesma, além do livro ser composto por crônicas, que como podem ver caros leitores, sou adepta desse estilo!
Para quem não sabe, Martha Medeiros é autora de Divã, que atualmente tornou-se um sucesso do cinema nacional, e recomendo para quem não assistiu, assista, pois é um bom remédio para esse ócio das férias e para qualquer cara amarrada, já que tenho certeza que qualquer pessoa em pleno uso de suas faculdades mentais vai chorar de rir.
O livro é composto das crônicas que Martha escreve para jornais, desde 2005, lidando com o cotidiano da mulher em especial, mas sem deixar que a sociedade como um todo seja abordada, de forma irreverente e sensível ela consegue cativar o leitor.
Em uma das crônicas que li ainda hoje, intitulada “O cartão” ela aborda o tema da insegurança feminina, em especial em relações amorosas, e acho que o tema inicial do blog, tem tudo a ver com isso, afinal, ele começou com um texto bem apocalíptico, sobre romances, lembram-se?
Pois é. Martha conta a história de um capitulo de sua vida, onde ela como toda boa garota de 17 anos estava apaixonada por alguém que era “muita areia para seu caminhãozinho”, mas o que ela não sabia, é que essa areia, nem era tanta assim e correspondia completamente seus sentimentos! E vamos convir quem nunca passou por situação semelhante e ainda sim, não aprendeu a lição?!
O intuito desse texto é simples e curto, e não necessita de toda essa introdução, mas seria ingratidão minha se não falasse e apresenta-se a vocês essa maravilhosa cronista que conheci agora e estou adorando. Mas em poucas palavras, lembre-se de que tentar não arranca pedaço, sonhar não paga imposto e ter auto-estima é sempre bom e ajuda muito. Não fique se achando um nada em relação ao príncipe encantado só por que você não é ao certo um modelo de beleza (ou pelo menos você não se sente um) e aos rapazes, não façam como o rapaz da crônica, que desistiu logo ao primeiro fora, não intencionado da moçoila, pode muito bem ser que ela seja aérea, louca, esteja com TPM ou mesmo só se sinta insegura em relação a você!
Em resumo, sejamos felizes e boas férias!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

;)

When you're talkin to yourself
And nobody's home
You can fool yourself
You came in this world alone
[Alone]

So nobody ever told you baby
How it was gonna be
So what'll happen to you baby
Guess we'll have to wait and see
One, two

Old at heart but I'm only 28
And I'm much too young
To let love break my heart
Young at heart but it's getting much too late
To find ourselves so far apart

I don't know how you're supposed
To find me lately
And what more could you ask from me
How could you say that I never needed you
When you took everything
Said you took everything from me

Young at heart an it gets so hard to wait
When no one I know can seem to help me now
Old at heart but I musn't hesitate
If I'm to find my own way out

Still talkin' to myself
And nobody's home
[Alone]

So nobody ever told us baby
How it was gonna be
So what'll happen to us baby
Guess we'll have to wait and see

When I find out all the reasons
Maybe I'll find another way
Find another day
With all the changing seasons of my life
Maybe I'll get it right next time
An now that you've been broken down
Got your head out of the clouds
You're back down on the ground
And you don't talk so loud
An you don't walk so proud
Any more, and what for

Well I jumped into the river
Too many times to make it home
I'm out here on my own, an drifting all alone
If it doesn't show give it time
To read between the lines
'Cause I see the storm getting closer
And the waves they get so high
Seems everything we've ever known's here
Why must it drift away and die

I'll never find anyone to replace you
Guess I'll have to make it through, this time-Oh this time
Without you

I knew the storm was getting closer
And all my friends said I was high
But everything we've ever known's here
I never wanted it to die

Ouvindo - Estranged - Guns N' Roses

domingo, 5 de julho de 2009

O ócio que não é criativo

Passadas semanas e semanas de labuta, de noites mal dormidas e quando dormidas lotadas de sonhos com as benditas DPs é chegado o momento! Sim, é chegada a hora final! O semestre finalmente acabou e com ele todas as preocupações, as crises de enxaqueca fulminante, o café para virar a noite e o choro por meio ponto. Tudo isso acabou sim, mas e agora?
Agora podemos nos entregar finalmente ao ócio que esperamos por todo o semestre, aquele que era tudo que você desejava quando tinha a prova daquela bendita matéria, que você jurava que ia pegar DP, mas conseguiu passar raspando. Sim, nós já temos o ócio que sonhamos durante as tais semanas do semestre letivo que eram intermináveis, mas é agora que começam os problemas.
Desejamos o ócio como sendo o paraíso, pensando na praia (alguns, afinal eu não suporto praia), nas noites bem dormidas, aquelas que têm mais de doze horas e você acorda depois da hora do almoço, o shopping com os amigos, para andar a tarde toda sem se preocupar e sem destino, perdido entre corredores, as tardes olhando para o teto do quarto sem se preocupar com nada, os livros que você deixou de ler para estudar a pior matéria do mundo, os filmes que você não pode ver, pois tinha prova, e tudo aquilo que você queria e achava um máximo você finalmente tem.
Nós nos esquecemos de algumas coisas, às vezes essenciais, por exemplo, nem sempre o ócio é o paraíso. Embora ele possua todas as qualidades que já citei, ele também possui seu lado ruim, afinal você irá com tanta sede ao pote, que fará tudo de uma vez, e antes mesmo de ter de voltar às aulas, você já terá feito tudo que queria, não vai mais agüentar dormir e nem vai ter dinheiro pra gastar, então o ócio se transformará em tédio e na sessão da tarde, com aquele filme que você assiste desde a mais tenra idade.
Sabe tudo aquilo que você quer esquecer? Então, você vai lembrar de tudo, porque está vivendo o ócio também! Não se esqueça de que você ainda terá algum exame para fazer na faculdade, uma recuperação na escola, precisará procurar estágio talvez, estudar mais e festejar menos, esquecer os fracassos do coração e se recuperar de algum amor inacabado, e você se lembrará de tudo isso, assim que o sono acabar, além de sua mãe lembrar também que já que não tem prova, você deve arrumar seu quarto!
Todas essas coisas virão, em mais uma de suas férias de inverno, como todas essas coisas aconteceram em todas, pois você sempre as levou dessa mesma maneira.
O ócio é bom, mas cansa, saiba aproveitá-lo. Não faça tudo de uma vez, permita conhecer o desconhecido, não fique dormindo por boa parte de suas férias, faça isso uma vez por semana, se for tão necessário, vá a lugares que você nunca quis ir e conheça de verdade, para dizer se gosta ou não, afinal o shopping você conhece desde sempre mesmo, leia livros trabalhosos, que necessitam de empenho, e pare de ler a tal da auto-ajuda, pois aquilo não ajuda em nada mesmo, faça o que se tem de melhor para fazer e não pense no que dói e machuca inclusive no professor que quer te ferrar ainda, viva e aproveite seu ócio, fazendo dele um ócio criativo!

Ouvindo: kiss the rain - Billy Myers

domingo, 28 de junho de 2009

So kiss me...

Enquanto as provas correm, outra musiquinha para alimentar o blog =]

BEIJE-ME
Beije-me longe da moita de cevada
Todas as noites junto à verde, verde grama
Balance, balance, balance o degrau giratório
Use aqueles sapatos e eu usarei aquele vestido

Beije-me sob o crepúsculo
Leve-me pra fora, no chão iluminado pela lua
Levante sua mão aberta
Faça a banda tocar e faça os vaga-lumes dançarem
A lua prateada está brilhando, então me beije.

Beije-me ao lado da casinha na árvore quebrada
Balance-me alto no seu pneu pendurado
Traga, traga, traga seu chapéu florido
Nós tomaremos o caminho marcado no mapa do seu pai

Beije-me sob o crepúsculo
Leve-me pra fora, no chão iluminado pela lua
Levante sua mão aberta
Faça a banda tocar e faça os vaga-lumes dançarem
A lua prateada está brilhando, então me beije

Beije-me sob o crepúsculo
Leve-me pra fora, no chão iluminado pela lua
Levante sua mão aberta
Faça a banda tocar e faça os vaga-lumes dançarem
A lua prateada está brilhando, então me beije

domingo, 21 de junho de 2009

Insuficiência respiratória !

Bem caros leitores, como podem ver, o blog sofre do mal citado acima, bem como a dona, que sofre com fim de semestre, então ele continurá até a primeira semana do mês de julho se recuperando pouco a pouco, mas enquanto a quarentena continua, vou sugerir um lindo poema que particularmente adoro...

A beleza

Sou mais bela, ó mortais! que um sonho de granito,
E meu seio, onde vem cada um gemer de dor,
Foi feito para o poeta inspirar um amor
Semelhante à matéria, isto é, mudo e infinito.

Reino no azul como uma esfinge singular;
Meu coração é neve e ao mesmo tempo arminho;
Odeio o que se move e faz o desalinho,
E não sei o que é rir, nem sei o que é chorar.

Os poetas, ante as minhas grandes atitudes,
Que aos monumentos mais altivos emprestei,
Consumirão o ser nos estudos mais rudes;

Pois para esses servis amantes reservei
Um puro espelho em que é mais bela a realidade:
Meu olhar, largo olhar de eterna claridade!

Baudelaire

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Algumas pessoas

Nós não entendemos o porque das coisas irem sem nenhuma explicação, de tudo acabar sem sentido e com muita dor, mas muitas das vezes nós não entendemos o mais importante, o porquê delas terem acontecido. Podemos achar que seria melhor que nunca tivesse acontecido, que tudo devesse ser como antes e nunca termos o prazer de encontrar certas pessoas, mesmo que elas nunca saibam que foi um prazer estar com elas por todo o tempo que elas permaneceram.
As pessoas vêm e vão, algumas pessoas passam despercebidas por nossas vidas e outras fazem mais estragos do que um furacão em nossa vida, e esses furacões nos farão sempre ter a certeza de que a vida não será a mesma, após termos conhecido essas pessoas. São justamente elas que sempre se vão, e que quando partem, definitivamente, deixam saudades, fazem falta e o furacão do inicio torna-se a tormenta que não tem fim, pois elas se foram e não voltarão.
Embora tudo seja tão difícil e o mundo tão injusto quando você menos espera, e mesmo que você não entenda o motivo da tormenta começar e não ter fim, um dia você perceberá que embora a dor tenha sido insuportável, a insônia constante e a vida tenha se tornado cinza e nada mais tem graça e sentido como antes da partida inesperada, apesar de todas essas coisas, um dia você perceberá que se nada disso tivesse acontecido, se vocês nunca tivessem se cruzado, embora você tivesse evitado toda a dor que você jamais deixará de sentir, nada seria como é, e quando não era assim, não era melhor, afinal tudo que você é hoje, você deve a quem partiu sem dar explicação.
Afinal quem se foi te ensinou a amar, a desafiar, a conquistar, a acreditar, a ser menos egoísta, a ouvir, a ser paciente, a fazer concessões, a dividir, a ser amiga, a viver cada minuto, a enfrentar e a perceber que a vida não era bem o que você pensava, te ensinou tanta coisa que você talvez não se lembre ou talvez não possa enumerar todas, e agora, mesmo que não esteja mais aqui, você é tudo isso, graças a ela e ela não faz nem idéia disso
A maioria das pessoas apenas vive e outras têm o prazer de viver. Esse prazer só é possível quando você encontra alguém tão especial a ponto de pensar que sem ela a vida não teria graça, e realmente a vida não terá, se você se permitir esquecer alguém fora do comum como ela foi para você, se você tentar esquecer pessoas inesquecíveis e o pior de tudo, esquecer de como foi amar pessoas como ela e o mais importante, se esquecer de que elas te ensinaram a amar.
Mesmo que eu nunca entenda o porquê de você ter ido, hoje eu sei o porquê você veio.

Ouvindo: Dave Matthews Band - Crash into me

domingo, 31 de maio de 2009

Some days I feel like shit...

Às vezes é difícil acordar pela manhã e se olhar no espelho. É difícil encarar a vida como ela realmente é. É difícil admitir para si mesmo que você deu o melhor de si e fez o impossível e mesmo assim fracassou e não entende o por que.
Quando você perde. Quando você está perdido. Quando você não se acha. Quando você sabe que não há mais saída e que você nunca teve uma escolha de verdade. É quando descobre que é hora de sentir o peso da vida e que você não vive um conto de fadas. Você descobre que há uma centena de pessoas te cobrando tudo o que você não pode ser, e tudo que elas pensam que de fato você é, mas você não consegue ser o que elas esperam, pois já deu o melhor que podia e já não tem mais nenhuma esperança de ser melhor do que seu próprio fracasso. Tudo isso acontece quando você já foi além dos seus limites, já os rompeu, e já superou tudo que você poderia e agüentaria superar, tudo isso é o melhor de você, mas ainda sim, não é o suficiente.
São dias como esse em que você esquece de olhar seu rosto no espelho, esquecendo então de mentir para si mesmo a seu respeito e dizer que você vai conseguir, sabendo que não há esperança de superar mais nada. São dias como esse em que você se sente como merda e acha que já chegou ao seu limite, embora na realidade você não tenha nem atingido o começo do sofrimento e sabe que tudo ainda vai ficar muito pior.
Quando nada mais importa, além da dor que você sente sem motivo, que cala forte em seu peito na madrugada e você não entende mais nada, é quando você sabe que definitivamente já está tudo acabado e infelizmente tudo muito mal acabado.
Simplesmente é assim que as coisas são, o melhor de você já se perdeu e você não tem mais para onde correr, a dor que você sente é real e não se acalma, e o melhor que você poderia fazer foi feito, embora o seu melhor seja realmente um lixo, tudo isso não passam de impressões que a cada dia ficam mais comuns e é então que eu digo:
“Você cresceu e essa é a vida, e embora você dê o melhor de você, nem sempre ele é o suficiente.”
Perder, ganhar e chorar e mais do que qualquer dessas coisas, enfrentar. Enfrentar será o básico para sobreviver, chorar não conforta mais e ir a luta é o que realmente importa, e isso você só descobre em dias ruins, quando de fato você se sente como merda.

Ouvindo: Foo Fighters - The Best of You

domingo, 24 de maio de 2009

Como eu te amo...

Vou contar as formas:
Eu te amo até a profundidade, largura e altura que minha alma pode alcançar,
Quando sentindo longe dos olhos pelo objetivo de existir e de graça divina.
Eu te amo ao nível da necessidade mais silenciosa de cada dia,
Ao sol e a luz da vela.
Eu te amo livremente como os homens lutam pelo direito.
Eu te amo puramente como eles se afastam do elogio.
Eu te amo como a paixão existente em minhas velhas mágoas
E com a fé da minha infância.
Eu te amo com amor que eu parecia ter perdido com meus entes perdidos.
Eu te amo com a respiração, sorrisos, lágrimas de toda minha vida.
E se Deus quiser, eu te amarei melhor após minha morte."

Poema de Elizabeth Barrett Browning

Ouvindo: Isabella Taviani - Diga sim pra mim

domingo, 10 de maio de 2009

É dificil de explicar

Eu adoraria ficar sentada ouvindo música a tarde toda. Adoraria poder pensar em tudo que poderia ser e não fui, e pensar que nunca me arrependerei por isso. Seria maravilhoso se eu soubesse todo o tempo que perdi em coisas inúteis, que foram fundamentais em minha vida, e melhor ainda seria ter a certeza que meus grandes fracassos foram meus maiores sucessos, e ainda que minhas grandes derrotas serão um dia minhas maiores vitórias. A vida seria mais simples. A vida seria mais justa. O mundo seria só meu.
Gostaria de viver cada um desses momentos, como únicos, pois eles realmente seriam para mim, apenas, únicos. Eu poderia ver a vida por outro prisma, de um novo panorama, e não me importar com as horas que perdi deitada além da hora em minha cama. Tão pouco me importaria em sonhar com coisas absurdas, imaginar, sentir e apalpar tudo aquilo que almejo. Ainda seria mais feliz, se também me esquecesse das horas perdidas no trânsito, do telefonema que durou mais que o esperado, das horas fúteis no cabeleireiro e ainda sim do pranto que eu consolei em alguma tarde de domingo. Seria tudo mais simples. Seria tudo mais justo.
Seria maravilhoso lembrar-me de esquecer tudo aquilo que não deu certo. Gostaria de esquecer tudo o que eu almejei e não alcancei. Os amores inacabados, as notas baixas, as amigas que não eram tão amigas, os amigos que se foram e não hão de voltar. Todas as amizades divertidas que não mais estão presentes, o colega de escola que não vi mais e sinto falta e também daquela adorável professora do primário. Seria mais divertido. Seria melhor.
Ah, que bom seria se tudo isso me fosse possível e se tudo isso não fosse tão difícil. Pois não é fácil esquecer, muitas das vezes é impossível mudar e muito difícil fazer parar de doer.
Ainda que tudo isso fosse possível, ainda que tudo fosse justo e simples, mais divertido e melhor, ainda sim, ainda que fosse como eu imagino ser perfeito, sempre faltaria algo, algo que não sei o que é, algo que não sei sentir e que não posso compreender, algo realmente difícil de explicar e que realmente não sei o que é.

Ouvindo:The Strokes - 12:51

sábado, 25 de abril de 2009

As coisas sempre voltam aos seus lugares

Pode parecer ridículo ou impossível, até mesmo inesperado, mas é a mais pura realidade. As coisas sempre voltam aos seus devidos lugares, por bem ou por mal, você querendo ou não, elas sempre voltam.
Sei que quando você quer muito que as coisas voltem a ser como antes isso parece tardar, mas é só um efeito causado pela ansiedade. Porém quando você deseja que elas sejam diferentes, mudem e nunca mais voltem ao lugar que estavam antes, elas voltam com uma velocidade catastrófica e quando você menos espera.
As coisas são assim, nunca do jeito que queremos, ou não. Talvez somente não sejam da maneira como esperamos, mas creio que elas apenas acontecem da maneira como deveriam realmente acontecer.
De nada nos adianta forçar nossa mente a acreditar naquilo que não existe, tão pouco adianta criar nela esperanças as quais não existem, pois tudo, absolutamente tudo, sempre voltará ao seu devido lugar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A canção do Yukon (para maiores de 18 anos)

Pegue o carro, meu amigo franzino
Fiz uma mala pra gente levar
Estamos prontos, e o nosso destino
É partir e não mais voltar!

Pros diabos com a velha vida!
Adeus mamãe e papai.
Cansamos da rotina sofrida.
E, as regras, diremos não mais!

Quero que a vida tenha sentido.
Quero dormir o ano inteiro
E não meus pais berrando no meu ouvido
"O seu quarto está um chiqueiro"

Yukon é onde queremos morar!
Não há outra alternativa
Lá vamos dançar e cantar
E agir da maneira que agüentar.

E àquela faculdade nefasta
Não mais iremos voltar
Aos mestres tirânicos, um basta
Ninguém vai nos ensinar a calcular.

Estudo é uma grande bobagem
Responsabilidade não faz crescer
De agora em diante serei pura vagabundagem
E só faço o que bem entender!

Nossos amigos serão loucos
Vamos dormir tarde e com eles cantar
A noite inteira ouviremos música no toco
E de manhã queremos descansar.

Espero estar sendo enfático:
Em mim ninguém vai mandar!
Ó bebidas geladas como o Ártico!
Isso que é vida! Mal posso esperar!

Nada de regras para nós!
O tempo de regras acabou.
Já vão tarde os adultos bocós!
Estamos partindo! Yukon ho!


Ouvindo: Pink - Sober

Nota: Yukon Ho! É uma edição comemorativa de Calvin e Haroldo, de Bill Watterson. A canção do Yukon abre o livro e aqui ela sofreu algumas alterações.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sem Lua

Ela passou do meu lado
“oi amor”, eu lhe falei
Você está tão sozinha
Ela então sorriu pra mim
Foi assim que a conheci
Naquele dia junto ao mar
As ondas vinham beijar a praia
O Sol brilhava de tanta emoção
Um rosto lindo como o verão
E um beijo aconteceu
Nos encontramos a noite
Passeamos por ai
E num lugar escondido
Outro beijo lhe pedi
Luar de prata no céu
O brilho das estrelas no chão
Tenho certeza que não sonhava
A noite linda continuava
E a voz tão doce que me falava
“O mundo pertence a nós”
E hoje a noite não tem luar
E estou sem ela
Já não sei onde procurar
Não sei onde ela está
Hoje a noite tem luar
E eu estou sem ela
Já não sei onde procurar
Onde está meu amor?

Ouvindo - Hoje a noite não tem luar - Legião Urbana

domingo, 29 de março de 2009

Rá !

Sim, eu voltei meus senhores, não com a corda toda, mas voltei!!!
Antes de tudo quero deixar claro que tem sido difícil postar aqui, milhões de estudos que eu ainda não sei (ou finjo) não saber para que servem e meus professores são uns desocupados, então mil perdões pela ausência! Como eu ando muito atarefada eu não ando tendo muito tempo para pensar na vida e fazer aqueles textos profundos os quais todos estão acostumados, aquelas coisas ultra românticas né? Cheias de desespero e melancolia, de amores impossíveis e blábláblá (ó céus, eu nasci no século errado). Para não fugir muito da minha realidade de “escritora” (gostei disso), eu posso afirmar que meu sol anda muito preocupado com aulas de G.A. e cálculo e por isso não sei por onde ele anda, ou talvez ele insista nas manias ridículas ou até mesmo deve estar ouvindo musica clássica, enquanto vos escrevo. Bem, mas e a lua? Bom, a lua também está bem, embora brigada com o mundo e fazendo dancinhas ridículas em corredores públicos (isto é estar bem?). Isto seria um apanhado geral do que anda acontecendo, e claro, para maiores explicações, o último texto foi só uma dedicatória VIP para o Felipe (drrrr, claro que foi para ele, se o texto tem o nome dele!), aparentemente ele gostou, embora o comentário “que fofis” não expresse bem isso, mas ele é louco e podemos desconsiderar isso.
Enfim, não tenho nada de muito profundo a declarar, na verdade até tenho, mas não está saindo no papel e eu desejo realmente evitar a fadiga! Hahahahaha!
Mas voltando ao tema lua e sol, podemos afirmar que a lua cobriu o sol! Temos um eclipse meus senhores! Vocês sabem o quanto isso é raro não? É muito raro! E temos um aqui, diante de nossos olhos! Ou não! Hahahahaha! Mas vamos ser otimistas e esperar contemplar esse belo fenômeno da natureza! Sim, tirem as crianças da sala e se preparem para textos serelepes, coisas fofas e transbordando felicidade dentro em breve, afinal quando todo mundo mora na mesma cidade as coisas tendem a ser mais felizes!! Pois é, estou toda serelepe aqui, sem escrever nada de útil ou desagradável, e isso é deveras pesaroso, pois sei que todos aqui esperavam por prantos devido à ausência, mas vamos esperar as notas das P1 saírem para as choradeiras e lamentos ok?
Então não se assustem com minha ausência ou com textos demasiadamente felizes, pois aqui esperamos por um eclipse!
Até mais! Câmbio e desligo!

Obs.: a música que eu ouvi durante a elaboração da postagem não possui nada de interessante, então vou deixar vocês com a frase que meu querido Maluzinho disse há dias atrás:


“O que o amor constrói, a faculdade destrói!”


E olha que ela tem tudo a ver com o contexto Sol e Lua! Hahahahaha!!

Ouvindo: Misery Business - Paramore

domingo, 15 de março de 2009

Felipe

Às vezes nos enganamos com as pessoas. Julgamos sem conhecer e perdemos oportunidades maravilhosas, como conhecer pessoas realmente especiais. Mas a vida é caprichosa e quando ela está de bom humor, ela pode nos sorrir pela segunda vez e nos dar outra chance, para percebermos o quanto perdemos antes, em rejeitar uma possível amizade por julgar erroneamente.
Existem pessoas que eu fiz esse julgamento errado, e uma delas é você. Hoje percebo o quanto eu estava errada, e me arrependo de ter perdido a oportunidade de desfrutar da sua amizade antes. Posso me sentir feliz por esse engano ter sido corrigido hoje e por ter a oportunidade de desfrutar da sua amizade e da sua consideração, relevando os “Loka” e as demais gracinhas, mas que sem elas, com certeza, não seria a mesma coisa.
Posso dizer, resumidamente, que te considero um amigo e agradeço por se importar com as minhas crises de cabisbaixo, pelos poemas fofos, pelas piadas ruins e pelos “loka” e “doida”, que apesar de tudo, me divertem e como você mesmo diria , sei que eles só saem pq “você não consegue mais viver sem mim” minha querida doce criança!!!

Ouvindo: Follow you down - Gin Blossoms

sábado, 7 de março de 2009

Sol e Lua

Um dia de Sol em um céu roxo pelas nuvens que logo mais trovejarão, enquanto os pássaros cantam melodicamente em minha janela, o sol se põe dramaticamente e o céu escurece aos poucos, sombreando o tempo antes tão claro, pelos raios que ainda pouco irradiavam pela janela.
A Lua aponta no céu estrelado de outrora, que agora não é nítido e impossibilita que os mais atentos olhos vejam as estrelas sob o céu, o que torna a noite triste e entediante, diante da falta de atrativos que ela oferece em uma noite sem graça pela falta de um céu azul estrelado.
É assim como encontrar o sol de sua vida, embora você pressinta que ele logo mais se recolherá no longínquo horizonte, onde você não mais o enxergará, e vê que seus dias estão perdendo toda a clareza e sentido, pois sem ele, tudo fica escuro, triste, medonho e frio, e você não é capaz de dar um passo que seja, pois não existe mais claridade em sua caminhada, ele não está mais lá para sustentar o seu dia de luz e te aquecer nas manhãs de verão ensolarado, pois não existe mais sol para que você possua um dia desses novamente, e como o Sol deixa de irradiar seus raios de luz ao cair da noite, você vê o seu sol deixando de iluminar sua vida com felicidade e percebe que aos poucos você está desvanecendo.
A lua chega ao cair da noite em sua vida, seu brilho é tão fraco que você não a nota, ela não tem estrelas em volta de si, é mais uma noite triste e monótona, após mais um dia escuro e idiota, pois não é dia se a escuridão nunca se vai. A lua não aquece como o sol, tão pouco ilumina tão bem quanto ele, mas apesar disso, ela tem algo de diferente, embora não seja a mais majestosa estrela, a lua tem algo de especial, talvez o romantismo, seu tímido brilho ou ainda sua simplicidade. Algo é diferente na lua, você sabe que ela jamais terá a importância que o sol teve em sua vida, assim como sabe que ela jamais terá todas as funções que ele teve em sua vida, e que jamais será o que ele foi e é para você, mas você também sabe que em toda sua simplicidade e pequenez, a lua já se tornou indispensável e que embora a luz que ela emite seja fraca, ainda sim, você não poderia viver sem ela para iluminar sua noite nublada.
O sol se foi e a lua chegou, o aquecimento não existe mais, mas a lua não vai permitir que você congele e quando você menos esperar, você terá uma noite estrelada.



''Ultimamente eu estive desejando que eu tivesse um desejo
Algo que me faria nunca querer outro
Algo que se realizaria, assim nada mais importa
Tudo ficaria claro depois

Mas eu acho que terei que esperar por um breve momento
E ver tudo se dissolver em um único segundo
E tentar escrever num papel o soneto perfeito''

Ouvindo: A perfect sonnet - Bright Eyes

domingo, 1 de março de 2009

Um novo começo !!!

Aêêêêêê primeira semana do mês que o Brasil começa a funcionar oficialmente, afinal as bundas e os peitos já se foram nesse país que é movido a carnaval, gostaria de deixar registrado que eu odeio tão abominável festa!
Mas o assunto é esse, o recomeço, o inicio e esse tipo de coisa. Mais um ano começa oficialmente, voltamos ao trabalho, as aulas, a vida de sempre não é mesmo? Errado! Os acomodados o fazem, pq é bem mais confortável continuar com uma vida insignificante diante de uma existência finita? Eu realmente não entendo isso!!!
A questão está em se acomodar com o que está errado, isso de fato é muito errado! (acho que isso foi um pleonasmo, mas não tenho certeza) É muito interessante ver isso se repetindo com freqüência, todos os dias, todos os anos, durante toda uma vida. Raramente encontramos alguém disposto a mudar, seja sua forma de agir, de ser, de pensar, e assim caímos na decadência da existência humana, que somos nós mesmos e nossas teimosias como seres racionais os quais nós nunca fomos!
Esse pode ser mais um ano de sua vida, ou um Ano de sua vida, pois ele tem tudo pra ser melhor que os outros se você realmente quiser e fizer por onde.
Viva, essa sempre será a melhor saída, mas acima disso, viva sua vida como se ela fosse muito mais do que uma existência apenas, a trate como um acontecimento imaculado e faça disso um motivo para que ela se torne a melhor vida que você poderia viver. Para que esse seja um Ano e não apenas mais um ano.

Ouvindo: I don't know - The Black Ghosts

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só para constar

Nunca fui fã de heavy metal e seus derivados, ou qualquer coisa que você prefira chamar, como vertentes, salvo em épocas conturbadas da vida, vulgo adolescência rebelde, lá pelos 15 anos.
Mas decidi deixar essa parte de lado, e só para constar, isso não se classifica como uma postagem é mais uma dica, além disso, a música se encaixa bem com o perfil do blog, além do meu miguxo querido ter indicado (sei que você vai odiar que eu tenha te chamado de miguxo, mas tudo que posso dizer é ooooouuuuuunnnnnnnn pra você) e que a música é linda e você tinha razão Fê.


Windmill

Time goes wherever you are
time is your guiding star
That shines all through your life
makes you feel and move

My dreams are out in the far
so are yours apart
Of secret fairy tales
dripped on the wings of o
mystery Mill

Windmill, windmill, keep on turning;
show me the way
take me today
Windmill, windmill, hearts are yearning
longing for love and a chance to be free

Don't feel alone and depressed
someone will come at last
To soothe your stumbling mind
to keep it away from the evil storm

Windmill, windmill, keep on turning;
show me the way, take me today
Windmill, windmill, hearts are yearning
longing for love and a chance to be free


Moinho de Vento

O tempo passa onde quer que você esteja
O tempo é sua estrela guia
Que brilha através de toda sua vida
Faz você sentir e mover

Meus sonhos estão distantes lá fora
Assim como uma parte dos seus
Secretos contos de fada
Gotejando nas hastes de um
Misterioso moinho

Moinho de vento, moinho de vento, continue girando
Mostre-me o caminho, leve-me hoje
Moinhos de vento, moinho de vento, corações estão ansiosos
Almejando amor e uma chance de serem livres

Não se sinta deprimido e sozinho
Alguém virá afinal
Pra acalmar sua mente hesitante
Mantê-la afastada da tempestade maligna

Moinho de vento, moinho de vento, continue girando
Mostre-me o caminho, leve-me hoje
Moinhos de vento, moinho de vento, corações estão ansiosos
Almejando amor e uma chance de serem livres


Ouvindo: Windmill - Helloween

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Nada a declarar

''Oh, kiss me beneath the milky twilight

Lead me out on the moonlit floor

Lift your open hand

Strike up the band and make the fireflies dance,silver moon's sparkling

So kiss me''

Nessa semana não tenho nada de muito poético e caótico a escrever. Cheguei as mesmas conclusões de sempre: a vida me cansa, estou velha e mais chata a cada dia que passa, tenho um sono descomunal e o aquecimento global está me fritando, e me proporcionando boas crises de cefaléia.
Nem sempre as coisas acontecem como queremos (to contando uma novidade né?), mas enfim, não há muito que se fazer a respeito, além de viver e se hidratar com esse calor africano que assola a terra da garoa.
Se divertir é muito bom, antes que me esqueça, e agradeço a todos que me proporcionam essa diversão, em especial meus amigos e amigas que eu tanto amo, e que são tão lesados quanto eu (sem citar nomes, falou em lesado eles já sabem quem são).
É isso o que eu tenho para concluir, acho. Não sofri grandes emoções essa semana ou talvez a cefaléia me impeça de transferir essas emoções ao papel hoje, tentarei outro dia e antes que me esqueça, a seqüência de Crepúsculo, o Lua Nova é ruim pra caramba, livro chato e maçante!!!

Ouvindo: Kiss me - Sixpence none the richer


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

É estranho

Sensações desconhecidas são sempre uma surpresa em nossas vidas. Algo que parecia tão bom até tão pouco tempo, hoje lhe parecer monótono, ou mesmo comum e normal é totalmente irreal quando você reflete sobre isso.
Não sentir mais o frio na barriga, as náuseas pelo nervoso, a empolgação pela presença, a vontade de falar, de saber, de ficar falando coisas avulsas só por falar, a sensação de alivio quando a espera acaba! São sentimentos maravilhosos, sem dúvida. Quantas vezes você não quis sentir ao menos um desses sentimentos? Quantas vezes se torturou por não sentir nenhum?Todas essas vezes foram doloridas e cruéis, sofríveis. Mas, e quando você não sentir mais nenhuma delas? Tendo todos os motivos para sentir a todas? Seria como? Mais fácil? Menos doloroso? A resposta é não. Um simples não.
É engraçado como só queremos as coisas quando estão longe, quando podemos apalpar elas, nós as jogamos ao vento como se semeássemos mostarda!
Hoje não quero mais falar, já não pulo de alegria pela presença, não faço mais questão de ver, de sentir e de escutar, a distância não dói mais como antes, o sono voltou e os sonhos acabaram a conversa é meramente técnica, deveras maçante! Os sentimentos extinguiram-se, a vida voltou a sua forma comum e abstrata, e o mais simples de tudo isso, você já não tem mais graça.
E isso só confirma o primeiro texto aqui postado: http://littlethingsbia-almeida.blogspot.com/2009/01/olhando-pela-janela-doce-brisa-do-vero.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Palavras avulsas

Eu realmente não espero ir para casa
Eu não espero ver mais nada
Pois tudo que aqui estava me seguiu

Talvez com uma martelada
Com uma lua quebrada
Com as esperanças despedaçadas
Ninguém mais esperará por você

Você ainda está vivo
Disso você não consegue fugir
Embora esteja rastejando
Até simplesmente sumir

A lua está cheia
E você está morto
Sem saber onde está
E não sabe para onde vai
Mas é certo que você virá até mim

Rasteje até cair
Caia para implorar
E saia como se nunca tivesse conhecido esse lugar



Ouvindo : Full Moon - The Black Ghosts

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ausência

Sempre tentei encontrar uma razão para tudo isso
Nunca compreendi o que se passou e o que se passa comigo
Você, ainda é uma voz
Em meio a um mundo desconhecido

Ainda que a compreensão não venha até minha mente
Eu nunca me julguei inocente
Nesse amor que me arrebatou veemente

Nunca esperei mais do que compreensão
Embora, de mim mesma sempre recebi repreensão
É difícil não tentar parar de te amar
E tentando isso é impossível não chorar

São versos avulsos como esses
Que passam pela minha mente
Quando você está ausente
Sua ausência é como um devaneio
No qual me apego com sublime desespero

Não espero que você
Tudo isto entenda
Só gostaria que, sabendo disso
Você se surpreenda
E entenda
Que sem você
Minha vida não possui sustento.



Ouvindo : I gotta find you - Joe Jonas

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Absorta

Morrer é fácil, difícil é viver! Isso é um fato ao qual todos deveriam aceitar. O medo da morte é um dogma aceito por todos nós desde o momento em que nascemos até os últimos segundos de agonia nos pesarosos leitos da sombra que nos oprime por toda vida.
Muitos de nós temos por certo que esse será o momento mais difícil. Eu não. Creio que seja o momento mais fácil. Ele é sereno, triste e derradeiro. Depois dele, não nos preocuparemos mais com nada mesmo.
Difícil mesmo é viver, quando não se tem certeza do que é vida. Decisões, escolhas, que farão parte de todo o restante da vida, são muito mais pesarosas do que fechar os olhos para o descanso eterno.
Podem achar que este texto tem um ar fúnebre, porém não é essa a mais verdadeira das intenções por de trás dele, e sim apenas o sentimento que ele nos trás pela imposição de temer a escuridão eterna, que não deveria ser considerada assombrosa, por já termos passado pela claridade desenfreada e injusta, chamada vida.
Viver é difícil, escolher é mais ainda. E o pior de tudo é escolher na certeza do arrependimento tardio.

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi".
Henry David Thoreau


Ouvindo: Clair De Lune - Debussy


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Só para refletir...

Estou viciada ness música, ela realmente me faz refletir e sua sonoridade é bem triste...é uma sugestão.


Eu sonhei que estava desaparecido.
Você estava tão assustada
Mas ninguém escutava, Pois ninguém mais se importava
Depois do meu sonho, eu acordei com esse medo
O que eu deixarei quando eu morrer?
Então se você me perguntar, eu quero que você saiba


Refrão:
Quando minha hora chegar, esqueça os erros que cometi
Ajude-me a deixar para trás algumas razões que deixem
saudades
Não fique ressentida comigo, quando se sentir vazia
Guarde-me na sua memória, deixe de fora todo o resto
Deixe de fora todo o resto


Não tenha medo de levar minha derrota
Eu compartilhei o que fiz
Eu sou forte por fora, não completamente
Eu nunca fui perfeito, mas nem você foi


Então se você está me perguntando, quero que você
saiba


Esquecendo todo o sofrimento por dentro,
Que você aprendeu a esconder tão bem
Fingindo que alguém pode chegar e me salvar de mim
mesmo
Eu não posso ser quem você é


Esquecendo todo o sofrimento por dentro,
Que você aprendeu a esconder tão bem
Fingindo que alguém pode chegar e me salvar de mim
mesmo
Eu não posso ser quem você é, eu não posso ser quem
você é



Ouvindo : Leave out all the rest - Linkin Park

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dias chuvosos

Dias chuvosos sempre me fazem refletir. É engraçado, desde criança, quando paro por muito tempo e fico olhando pela janela, tenho um mundo de sensações, nem sempre todas são agradáveis, mas gosto de sentir a todas mesmo assim.
A chuva é um acontecimento. Se todos parassem para pensar nela, talvez vivêssemos melhor. Ela começa, e tem certa duração, como tudo em nossa vida. Os raios são as dificuldades, que sempre acontecem, mas que muitas das vezes trazem benefícios, se os trovões não existissem em nossas vidas, coisas ruins não acabariam e as boas também não começariam.
No momento ouço uma música sem sentido algum. Ouvi essa música em um filme que talvez muitos achem ruim, de fato não é dos melhores que já vi, mas também me fez refletir, em histórias épicas de amor, cujo seus protagonistas lutam para permanecerem juntos até o fim, e superam todas as dificuldades (pelo menos tentam), coisa que a maioria de nós acha linda nas glamorosas telas do cinema, mas que nem 1% de nós teria coragem de fazer para permanecer junto da figura amada, mesmo com tudo contra esse amor, que deveria ser um amor puramente verdadeiro.
A sonoridade da musica é triste e sua letra é ruim, a chuva já passou, mas os raios seguem seu caminho em um céu acinzentado, que lembra a tristeza em sua mais bela forma, a angústia pura e solene. Assim como toda história épica de amor, angustiante,
Triste, solene e inalcançável, como as nuvens que trovejam em mais um dia chuvoso.


''Have I found you?
Flightless bird, jealous, weeping
Or lost you?''


Ouvindo : Flightless Bird, American Mouth - Iron & Wine (Twilight Soundtrack)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Medos

Incertezas são como facas que cortam sem piedade, os rastros de esperança que ainda restam em corações acalorados, por desejos ainda vivos, no espaço chamado vida.
O medo vem junto da escuridão, que torna os caminhos mais difíceis e menos disponíveis aqueles que, se oferecem a enfrentar, destemidos, esse sentimento que atordoa o mais sereno dos seres.
Eu nunca soube lidar com os sentimentos de perda, embora devesse. Não é fácil perder velhos amigos, muito menos encontrar bons novos amigos. Sentir que se perde a juventude para o tempo. A vida para o trabalho. O amor para a distância. E a certeza para o medo do desconhecido.
Tem sido difícil lidar com tantos sentimentos, em uma fase tão confusa da vida. Seria mais fácil, fingir que eles não existem, ou apenas ignorar a eles como um todo. Mas não consigo.
Tenho tentado ser forte à medida que as horas correm, nos ponteiros e no tic-tac do relógio, à medida que cai a noite e amanhece o dia. Às vezes é impossível lidar com o sentimento do novo, do desconhecido, do amanhã.
Queria que ainda me restassem as esperanças de outrora, quando o calor da infância e a brisa da juventude pairavam diante de mim, como o frescor do orvalho das manhãs, quando a maturidade ainda não havia me ensinado o sentido de temer o desconhecido.


ouvindo : Leave out all the rest - Linkin Park

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Passe tudo

É atordoante olhar o horizonte e notar como ele é triste desde que você se foi. Fica um vazio no azul do céu, as nuvens não têm mais desenhos, o sol é aborrecedor e a chuva é triste.
É difícil ter de lidar com sua partida todos os dias, dilacerando minha alma, em estilhaços de cristal que cortam a pele de mais fina porcelana. É como estar gélida, sem vida, pois cada suspiro, cada movimento, cada afago, era dedicado a você, como se a razão da minha existência fosse ti. É ti.
A vida se passou em segundos, minutos, horas, dias e meses, e quando dei por mim, lá estava eu, mais um ano sem você aqui, e era como nascer e morrer, todo tempo um sentimento de angústia tomou minha mente em sua demorada ausência, como a preocupação de uma mãe que não encontra sua cria em casa como de costume.
Tentei fingir que você fugiu de minha mente, tentei enganar a mim mesma dizendo que esse amor tão vil e angelical havia partido de meu quebrantado coração, mas ele não fugiu, ele apenas se escondeu tempo suficiente para que eu acreditasse que havia esquecido você.
Eu nunca esqueci nada. Seu sorriso de menino bobo, seus olhos de desculpas adiantadas quando perguntava algo que não era de meu agrado, a doçura em suas rudes falas, seus gestos de impaciência diante da minha ternura exacerbada, seu talento em tentar compreender o que sempre foi incompreensível a sua mente, os seus medos e incertezas, suas conquistas e almejos, sua amizade, seu afeto, seu carinho e sua proteção. Tudo isso era o meu paraíso predileto e meu inferno particular, meu próprio conto de fadas, com meu próprio príncipe em seu cavalo branco alado, que a cada dia estava mais próximo a torre da princesa enclausurada.
Tentei encontrar em outros sorrisos o seu, em outras canduras a sua, doce e rude, tentei não pensar em você, esquecer que eu já havia encontrado o meu príncipe, embora disso quisesse eu esquecer. Mas por sorte, ou não, eu não encontrei em outros sorrisos os seus, nem em outros olhos a ternura exacerbada que emana deles, muitos menos encontrei um príncipe que fosse um centésimo do que você é para mim, pelo simples motivo de que para mim não existe príncipe além de você.
Decidi que não tenho mais forças para lutar contra esse sentimento, que cala minha alma em dor quando eu insisto em dizer que ele já acabou. É impossível continuar mentindo tão vilmente para mim mesma, a primeira pessoa que não consigo enganar, com essa farsa absurda de insistir em não te amar. É duro aceitar que você longe está mais duro ainda seria aceitar a possibilidade de deixar de te amar.
Passem os dias, os meses e os anos, passe tudo que tiver de passar. Tempestades e dias de sol, choros e risos, alegrias e tristezas, festejos e enterros, mortes e vidas. Tudo, absolutamente tudo, pode passar, porém nada faz passar a saudade e a dor que sinto todos os dias por você não estar aqui comigo.


ouvindo : Supermassive black hole - Muse

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Beatriz

Vou tentar fazer algo que tenha um esboço mínimo da minha pessoa, vai ser difícil, mas vamos lá!!Não sei bem o que falar de mim, é bem difícil falar, acho, mais dá para tentar.
Ah, eu fui uma criança chata e mimada sabe? Daquelas que provavelmente você odeia ver em qualquer lugar, que estão sempre fazendo escândalo, se jogando no chão quando os pais não dão o que elas querem, e falam com um jeito bem nojento. Antes que me esqueça, eu era do tipo de criança que falava o que pensava, daquelas bem inconvenientes, que olham você de cima em baixo e fazem uma cara de nojo insuportável (tá, até hoje eu fico fazendo cara de nojo para as pessoas e falo o que penso! Caso você não goste de gente assim, sorry!).
Cheguei à adolescência, idade maravilhosa né? E infernal também! Os hormônios não te deixam em paz, as espinhas te atormentam o tempo todo e milhões de festas para ir... ahh a adolescência ! Mas deixa falar uma coisa antes de mais nada, a minha não foi assim! Hohoho! Bem, quanto aos hormônios, óbvio que eles me atormentaram também, afinal não sou nenhum ET. Eles fizeram com que eu me apaixonasse pelos caras errados, que por sua vez me fizeram derramar algumas lágrimas, mas enfim, vamos pular essa parte! Das espinhas eu me livrei antes, pois sou mais esperta que você, é claro, e fui a um dermatologista antes que meu legado genético decidisse se manifestar em minha pele de pêssego. Quanto às festas, ahh as festas! Elas não fizeram parte da minha adolescência bem dizer, um grande motivo é que meu papi é meio rígido com horários e talz, outro é que sou um serzinho bem bizarro e anti-social, e também eu não fui convidada para muitas festas, e as que fui convidada, eu simplesmente não fui! Hohoho!
Hum, chegou à hora decisiva! Fim da adolescência, vestibular, uma loucura a parte! Eu resolvi prestar um vestibular ai pra gente doida sabe? Tipo, uns caras estranhos, gente muito nerd que nunca viu a luz do dia, mas enfim, eu fui reprovada, é claro! E eis que surge uma das melhores partes da minha vida! O cursinho! Sim, o cursinho foi legal, eu sou louca, completamente surtada ? Sim, sou, mas foi uma das melhores experiências que tive na vida! No cursinho eu estudei pra caramba? Sim, estudei! Mas lá também fiz amizades maravilhosas, como a da Li, me aproximei de amigos já de algum tempo, como a Cá! Conheci melhor a Gabi e ainda me matava de rir com as palhaçadas do Guilherme! Sim, eu surtei, eu achei que não ia passar (de fato não passei onde queria), mas passei em alguma coisa, eu quis jogar tudo pro alto e virar hippie, mas eu sobrevivi a tudo e hoje estou escrevendo isso aqui! Olha que legal!
Enfim, sobrevivi ao cursinho e entrei na faculdade pública, não bem a que eu queria, mas vou parar de frisar isso. Entrei na faculdade, estou em curso estranho com gente esquisita (puro plágio de Renato Russo, mas é a verdade), mas que eu adoro a grande maioria, afinal esquisita eu também sou e o que faria eu em meio à gente normal né? Adoro eles (muitos), conheci gente de todo o tipo nessa nova etapa da minha vida, aprendi coisas muito legais (eu não estou falando de matéria, é fato que eu não aprendi quase nada... hohoho), aprendi realmente lições de vida, me dei conta de que estou velha pra caramba! Cara, eu já tenho quase 20 anos, quando era criança, pensava que quando eu tivesse essa idade, os carros já voariam ! Mas eles não voam! Quando vejo meninas de 15 anos na rua, lembro de quando eu tinha essa idade e choro (eu sou besta tá!) e já percebi que definitivamente o tempo não volta mais!
Agora estou em uma fase complicada novamente, estando na facul vou prestar vestibular novamente, pq não gosto do meu atual curso e pq preciso ir vigiar certa pessoa, isso também não vem ao caso!Já perdi minha fé na humanidade, afinal tem gente por ai que pensa que em Minas tem praia (esse é o futuro da nação)! Tenho poucos e bons amigos, os quais eu faço de tudo por eles, não preciso citar nomes, se você acha que eu não faria de tudo por você, se você acha que eu não acordo as 3 da manhã pra ouvir seu lamento ou eu nunca dei indicios de que faria isso um dia, definitivamente, você não é meu amigo, possuo uma lista bem seleta quanto a isso. Afinal muitos dos que eu contava como amigos, me decepcionaram , então poucos restaram! Não tenho grandes amores além da familia (parte dela) e dos amigos(todos que realmente considero amigos, não se iluda, a chance de você estar nesse meio é mínima)e as paixões tradicionais, é claro, daquelas que se desgastam em cinco minutos, afinal não sou nenhum ursinho carinhoso, não me trate como um! Enfim, escrevo um blog estranho agora, com uns textos que tentam ter um esboço de lírica byroniana, mas estou apenas me aperfeiçoando para ocupar o lugar do Paulo Coelho na ABL, tenho planos pequenos, entre eles, esse é um dos maiores, talvez eu pense em algo como uma bomba nuclear em breve, mas para isso eu preciso deixar de fingir ser nerd e ser uma nerd de fato! (coisa difícil de acontecer), não me esquecendo que deve existir no mínimo meia dúzia de pessoas que eu gostaria simplesmente que a terra engolisse, mas esse plano não depende de mim, shit! Talvez eu tenha mais planos que eu não me lembre agora, ou que eu não queira dizer, o meu humor é bipolar, posso estar irritada já de escrever e meus dedos doem devido ao frio que faz. Então é isso mesmo, tentei fazer algo o mais sincero possível e ao final dessa humilde apresentação, só me resta dizer:
Bia, muito prazer!


ouvindo : Black balloon - Goo goo dolls

Os dias

Olhando através da janela, contemplo o triste céu nublado, encoberto por densas nuvens, carregadas de água, pronta a desabar sobre nossas vidas monótonas, em mais um dia, sem final feliz, sem canto, riso e prosa.
A vida passa diante de meus olhos em flashes assustadores, como se algo estivesse errado, como se algo faltasse e se despedaçasse antes mesmo de chegar a existir, algo tão inacabado que não faz sentido algum diante da imensidão de pensamentos que assolam minha mente, entoando todas as mentiras e verdades que carreguei ao longo da vida.
Tudo se torna uma triste surpresa diante dos fatos em que nunca quis eu acreditar. Tudo se torna uma verdade inaceitável diante da maior das verdades, que talvez fosse a maior mentira que por certo carreguei durante toda a vida.
As mentiras tornaram-se refúgios solitários em meio a um vazio desolado que assola a mente perturbada durante a triste noite vazia que se passa no frio, em meio a cobertores aconchegantes, mas que não possuem o calor do afeto que se faz necessário.
As verdades tornaram-se apenas enfadonhas diante das mentiras reconfortantes de outrora, agora, elas apenas perturbam conforme o tempo passa, elas se tornam verdadeiras.
As tristezas tornaram-se uma coleção de relíquias, que a cada dia que se passa , fica mais completa, devido a sua ocorrência ser demasiadamente grande.
As saudades agora são abstratas, elas vêm e vão a todo o momento, em meio a uma despedida dolorosa ou ao saudosismo em uma conversa entre amigos.
O choro já é reconfortante, devido ser a mais bela expressão daquilo que se foi e não volta mais, que você sempre soube que não haveria volta e que de fato, não houve.
A rima já não se faz mais presente, pois os poemas esgotaram-se como o amor e paixão que foram apagados definitivamente do coração.
O poeta se foi, o amor se escondeu, a verdade é verdade mesmo e não mais uma distante mentira. A vida tornou-se enfadonha por não fazer mais sentido. Os pássaros gorjeiam, mas não há mais a sinfonia bela das manhãs ensolaradas pelo amor que se foi e nunca tornou ao seu lar abandonado, triste, quebrado, despedaçado e esquecido.
A verdade seja dita, a vida não é do jeito que esperamos, as pessoas vão, outras ficam, sentimentos acabam, mas as dores ficam, em meio a tantas coisas pelas quais temos que passar, a perda é a pior de todas, pois nunca estamos esperando por ela, sempre existe a esperança que nunca acaba que não se faz presente no momento em que precisamos dela.
Perdas e verdades, coisas as quais não sabemos lidar direito, sentimentos com os quais, uma vida toda de experiências não é capaz de lidar, mas infelizmente estamos sujeitos a passar por eles. As perdas são irremediáveis e necessárias. Já a verdade, embora a temamos, é o melhor remédio para aceitação dos dias difíceis aos quais sobrevivemos, e que deles, um dia ainda riremos.

Perdas e verdades

Olhando através da janela, contemplo o triste céu nublado, encoberto por densas nuvens, carregadas de água, pronta a desabar sobre nossas vidas monótonas, em mais um dia, sem final feliz, sem canto, riso e prosa.
A vida passa diante de meus olhos em flashes assustadores, como se algo estivesse errado, como se algo faltasse e se despedaçasse antes mesmo de chegar a existir, algo tão inacabado que não faz sentido algum diante da imensidão de pensamentos que assolam minha mente, entoando todas as mentiras e verdades que carreguei ao longo da vida.
Tudo se torna uma triste surpresa diante dos fatos em que nunca quis eu acreditar. Tudo se torna uma verdade inaceitável diante da maior das verdades, que talvez fosse a maior mentira que por certo carreguei durante toda a vida.
As mentiras tornaram-se refúgios solitários em meio a um vazio desolado que assola a mente perturbada durante a triste noite vazia que se passa no frio, em meio a cobertores aconchegantes, mas que não possuem o calor do afeto que se faz necessário.
As verdades tornaram-se apenas enfadonhas diante das mentiras reconfortantes de outrora, agora, elas apenas perturbam conforme o tempo passa, elas se tornam verdadeiras.
As tristezas tornaram-se uma coleção de relíquias, que a cada dia que se passa , fica mais completa, devido a sua ocorrência ser demasiadamente grande.
As saudades agora são abstratas, elas vêm e vão a todo o momento, em meio a uma despedida dolorosa ou ao saudosismo em uma conversa entre amigos.
O choro já é reconfortante, devido ser a mais bela expressão daquilo que se foi e não volta mais, que você sempre soube que não haveria volta e que de fato, não houve.
A rima já não se faz mais presente, pois os poemas esgotaram-se como o amor e paixão que foram apagados definitivamente do coração.
O poeta se foi, o amor se escondeu, a verdade é verdade mesmo e não mais uma distante mentira. A vida tornou-se enfadonha por não fazer mais sentido. Os pássaros gorjeiam, mas não há mais a sinfonia bela das manhãs ensolaradas pelo amor que se foi e nunca tornou ao seu lar abandonado, triste, quebrado, despedaçado e esquecido.
A verdade seja dita, a vida não é do jeito que esperamos, as pessoas vão, outras ficam, sentimentos acabam, mas as dores ficam, em meio a tantas coisas pelas quais temos que passar, a perda é a pior de todas, pois nunca estamos esperando por ela, sempre existe a esperança que nunca acaba que não se faz presente no momento em que precisamos dela.
Perdas e verdades, coisas as quais não sabemos lidar direito, sentimentos com os quais, uma vida toda de experiências não é capaz de lidar, mas infelizmente estamos sujeitos a passar por eles. As perdas são irremediáveis e necessárias. Já a verdade, embora a temamos, é o melhor remédio para aceitação dos dias difíceis aos quais sobrevivemos, e que deles, um dia ainda riremos.

E daí? Ele voltou!!!

A vida nos cerca de surpresas. A todo o momento, a cada segundo, a cada sorriso, a cada pessoa que vemos no metrô, a cada criança que você nunca viu e acena, a cada gesto, a cada palavra.
Estamos condenados a viver em um mundo cheio de idas e vindas, repleto de mudanças. O tempo passa, sim, ele passa, e nós jogamos o melhor da vida fora, o viver!
Jogamos fora em coisas que nunca darão certo (e isso não é pessimismo, é a realidade), em amores nunca vividos, em saudades que nunca existiram, em ciúmes, em brigas desnecessárias, em velhas recordações que não voltarão a ser presente e sempre serão passado, com pessoas que não merecem nossas lágrimas, com a ansiedade pelo telefonema e com tantos outros problemas!
A vida é assim, ela passa. Ela passa e quando menos percebemos tudo o que queríamos, tudo que esperávamos, está diante de nossos olhos, está ao nosso lado! E nós nunca percebemos!
Sim ele estava ali, o tempo todo, bem ali, do seu lado! Podia não ser seu melhor amigo, talvez nem olhasse na sua cara, nunca nem te deu um bom dia ou algo parecido, apenas estava ali! Talvez não seja um príncipe em um cavalo branco, um modelo de beleza, ou até mesmo o genro que sua mãe sempre quis! Mas ele estava ali, e você nem notou! Você não fez caso, fez questão de passar direto por ele, ignorá-lo, conversar com todos os amigos dele, menos com ele. Você preferia nem vê-lo, e o tempo todo ele esteve ali, do seu lado!
A vida é assim, nos faz surpresas! E quando você menos espera, ela te surpreende de forma absurda, nem um pouco comedida!E adivinha quem está ao seu lado novamente? Ele, é claro!
Sim, ele voltou! O outro foi embora! E daí? Ele voltou! Você não chora mais pelo imbecil de antes? E daí? Ele voltou! Você acha que a vida não faz mais sentido? E daí? Ele voltou! Você pensa que está gorda e precisa de um regime? E daí? Ele voltou!Seu cabelo está péssimo? E daí? Ele voltou! Você pensa que tudo acabou? E daí? Ele voltou!
Sim, essa é a simples resposta! Quem você menos esperava, quem você não imaginava, voltou!
Você não contava com isso. Você achava que aconteceria de outra forma, mas não aconteceu! E o que aconteceu você não sabe, mas ele está de volta, mais forte do que nunca!
Quem é ele? O amor, é claro! Ele se foi! Mas voltou! Você pensou que ele tivesse te abandonado para sempre, mas isso não é verdade, ele está aqui, ao seu lado novamente!
O amor é assim, ele nasce de uma conversa de cinco minutos com um estranho, que você acha um idiota, mas que em questão de meses, se torna o amor da sua vida. E com a mesma facilidade que ele veio, ele vai em meio a sucessivas brigas e ciúmes que não existem, e simplesmente, tudo acaba! Mas nem tudo está perdido, pq ele sempre volta, sim, ele volta! Ele volta na carta de alguém distante, em um oi que você nunca esperou, em um convite estranho ou em uma amizade que não teve a oportunidade de desabrochar antes, mas ele volta.
Mas, e agora? Agora é simples! Viva a oportunidade que a vida lhe oferece! Quem sabe essa não é a oportunidade que venha a ser eterna!
Lembre-se, após o fim, o céu pode se tornar cinza, mas sempre haverá alguém que voltará a colorir o céu nublado.

Acontece...

Um dia chuvoso, um telefonema que não aconteceu, um encontro fracassado, uma desilusão à parte e tudo que não era para acontecer!
É como ter uma nota baixa, sair de cabisbaixo da sala, pois ali já começou o fracasso, quando derrepente você decide esperar por um amigo, que espera por outro e assim sucessivamente, até que chega aquele que não é seu amigo e você acaba tendo de fazer companhia a ele! É quando você percebe que as coisas estão dando errado, e pensa em desistir e voltar para casa, afinal sua mãe disse que era melhor você não sair naquele dia, mas você foi teimoso e não ouviu ela como de costume, e mais uma vez... Se ferrou babaca!
As coisas começam tortas e acabam mais tortas ainda, você já teve uma nota baixa e tudo está ruim, mas você pensa que tudo vai melhorar assim que você encontrar pessoas especiais, de quem você gosta tanto e quer apenas conversar e rir, esquecendo de todas as coisas ruins. Mas não acontece assim, pq o tempo nunca demorou tanto para passar, você nunca desejou tanto que um buraco se abrisse e você fosse engolido pela terra diante de um silêncio constrangedor de uma conversa que não existe dentro de uma estação do metrô. Finalmente quando você está prestes a ter um infarto, a estação chega, você desce e pensa que o pesadelo acabou! Mas ele só começou! Você encontra seus amigos, mas na verdade não encontra, sua mente ainda está no acontecido anterior, você não esquece o dia de cão que teve, você não sente o gosto das coisas que bebe e come, e parece um retardado mental, rindo absurdamente do que eles falam, parecendo prestar atenção, enquanto repassa as cenas horrorosas do dia em sua mente e pensa : que fiasco!
Voltando para casa, você nota o imbecil que foi naquela noite, tudo que poderia ter sido e não foi, por uma presença indesejada, uma nota ruim e uma lembrança dolorosa que está a Km de distância de você!
Eis mais um dia ruim, mais uma lembrança estúpida em sua mente, mas uma vez você deseja que seja um sonho e percebe que não está sonhando! Vida difícil!
A vida nos surpreende a cada segundo que passa. Planos são feitos, pessoas se encontram, amigos comemoram, famílias celebram, mas muitas vezes, o que era pra ser não foi, o que era para vir não veio e assim seguem as tristes histórias que não acontecem ou acontecem de forma indesejada.
Eu poderia passar o resto do tempo, repassando tudo de ruim que já me aconteceu, todas as tristes lembranças, as cartas que não chegaram, as flores não recebidas, os valores não dados de forma honrosa! Mas do que tudo isso me adiantaria? De nada absolutamente! Não vale a pena chorar pelas pessoas erradas, não é bom se torturar pelo que não aconteceu , é horrível lamentar a luta que você ainda não perdeu e pior do que tudo isso junto, é não viver!
É muito triste pensar em como deveria ter sido, mas mais triste ainda é passar o tempo todo lamentando por tudo e todos. As coisas não são como pensamos, os sorrisos nem sempre são verdadeiros, as palavras nem sempre confortam e absolutamente nada é perfeito, porém, é a vida e não devemos levar tudo tão a sério, para no fim, ficarmos amargurados e pensar novamente tudo que deveria ter sido e não foi.
Viva! Sorria! Festeje! Torne as coisas divertidas, permita que sua timidez enrubesça a sua face pálida, esqueça o telefonema e saia de casa para ver a vida lá fora, ria das notas baixas e estude mais para a próxima prova, coma e esqueça a culpa, ligue para os amigos, ria junto deles, corra na chuva com seus amigos, pra lugar nenhum, como crianças fazem, visite aqueles que você ama, não guarde mágoas dos que você já amou, de oportunidade a novos amores e saiba que eles podem se tornar passado também, seja honesto e verdadeiro com todos e principalmente com você mesmo, cante, dance, gargalhe, permita que um silêncio constrangedor torne-se uma boa lembrança, ame e seja amado, seja paciente, seja educado, ajude e seja ajudado e acima de tudo isso, seja você!
As coisas podem não sair como esperamos, a música pode acabar antes da festa, as pessoas podem ir quando menos esperamos, mas a vida continua e nós continuamos vivendo! Então, Carpe Diem!
Parafraseando Guilhos: “Viva o que for verdadeiro. Quando lhe faltar palavras, sorria verdadeiramente.”

Acabou

Olhando pela janela, a doce brisa do verão vem brindar-me com seu suave toque em minhas rubras faces, umedecidas outrora pelo choro, que dilacerou de forma vil meu coração, sufocou meu grito e atormentou minha alma.
A dança findou, os suspiros acabaram, o vinho já não está mais à mesa, que por sua vez não mais farta está, a vida já voltou a sua mais primitiva forma. A forma triste. A forma monótona.
A rima não tem mais métrica, os pássaros já não gorjeiam como antes, o entardecer já chegou juntamente com a tristeza e solidão de antes, sentando-se ao meu lado, como um velho fantasma do passado ou como uma velha amiga, ela repousa silenciosamente ao meu lado, observando calmamente, soturnamente, cada movimento, cada olhar, cada foto, cada lembrança despedaçada da esperança que amanheceu em pranto.
Eis que as brumas que cobrem os corações entristecidos por coisas inacabadas novamente se tornaram densas, as lágrimas extintas há tempos já voltaram a molhar o travesseiro, o choro tornou-se novamente um soluço abafado na calada da noite, o cântico já não tem mais alegria, a poesia não tem mais paixão, as crianças têm um rosto triste, tudo isso, tudo isso por um motivo simples, impetuoso e sem explicação. Acabou!
Sim acabou! Acabou como o verão sempre acaba, acabou como um adeus sem volta, como uma tolice sem perdão, acabou como o medo havia avisado, como as tempestades que nos cercavam anunciavam! Acabou! Acabou sem sentido, sem um adeus comedido, sem um sorriso com esperança, sem deixar nenhuma lembrança! Apenas acabou!
Acabou, pois; a ausência antes triste tornou-se a presença indesejada. A saudade, antes uma amiga, transformou-se em presença enfadonha. As palavras antes rudes tornaram-se demasiadamente doces. Os afagos bem-vindos antes se tornaram apenas incômodos constantes. A candura antes tão valorizada, tornou-se mais uma forma de apelo emotivo.
O que falar? Como agir? O que pensar? Perguntas que se perdem em meio a tantas explicações inexistentes, a tantos tormentos constantes, a uma angústia que cala o peito em dor. O vazio que ficou, a lua que não é mais símbolo de um amor que tinha tudo para acontecer e não aconteceu, a poesia no papel molhado pelas lágrimas, dentro de um cesto de coisas inúteis. Não é possível explicar, jamais foi possível dizer e já se tornou impossível sentir. Apenas ficaram as lembranças, despedaçadas, tristes e um único sentimento, verdadeiro e realista. Acabou!


ouvindo : Goodbye my lover - James Blunt