sábado, 25 de julho de 2009

Eu sou do tempo

Eu sou do tempo em Billy Joe do Green Day não era emo e sim punk! Do tempo em que o Tom Delonge do Blink era um idiota e por isso era legal, do tempo em que Bruce Willis era casado com Demi Moore e era chamado para fazer os blockbusters mais fantásticos do cinema. Sou do tempo em que Madonna ainda fazia polêmica e que Britney Spears era supostamente virgem, do tempo em que indie era indie mesmo e não modinha. Sou do tempo em que a 89 era a rádio rock e melhor ainda, do tempo em que rock ainda tocava no rádio! Sou do tempo em que D2 era preso por fazer apologia à maconha, Capital Inicial fazia música de verdade e Legião ainda tocava nas rádios. Eu sou do tempo em que o Lula sonhava com o mandato, do tempo que crianças sabiam cantar “atirei o pau no gato’’ e do tempo em que se ia para o shopping de sapato. Sou do tempo em que balada era coisa para jovens de 20 anos e não para crianças de 12, essas brincavam de Barbie e autorama, não madrugavam no MSN e nem sonhavam com internet! Sou do tempo em que Chinese Democracy era lenda, em que Strokes era uma bandinha que não ia fazer sucesso e do Top 20 Brasil e do Disk MTV com a Sabrina. Eu sou do tempo que não existia piriguete e sim galinhas, e essas eram raras e desvalorizadas, sou do tempo da MTV politizada, do tempo em que jovens ainda pensavam. Não sou do tempo de Crepúsculo e sim de Christiane F., de Nintendo 64 e não de PS 1, 2 e 3. Sou do tempo do VHS, do vinil e do Planeta Xuxa. No meu tempo todo mundo comia pipoca com guaraná no sábado à tarde e não pizza alias sou do tempo em que pizzaria não era uma em cada esquina. Sou do tempo do Oasis, Blur e Red Hot Chili Pepers e também do tempo que Metallica era uma banda mega conhecida, do tempo em que o Maiden não fazia show todo ano no Brasil e do tempo que emo não era um bando de adolescentes chorando com franja. Eu sou do tempo das Spice, BSB e N’Sync, do tempo dos Hanson’s e da KFC. No meu tempo não existia Hopi Hari, só Playcenter, criança dormia cedo e assistia Eliana. Eu sou do tempo de tanta coisa, Fofy, Beto Carreiro, chocolate da Mônica, Pogobol e Acquaplay. Sou do tempo que nem todo mundo falava inglês. É eu sou do tempo de muita coisa, de um tempo que eu sinto falta, de um tempo mais simples e mais normal.
O tempo passou, eu cresci, as coisas mudaram e eu tenho saudades. A vida era mais fácil, as pessoas tinham mais tempo, educação e respeito era moda, quase todo mundo tinha e os valores eram reais e não invertidos como hoje.
É difícil lidar com o passar do tempo, mas mais difícil ainda, é perceber que eu cresci, mas que a humanidade regrediu e não evoluiu.

Ouvindo - Bush - Machinehead

2 comentários:

  1. Esse tempo nem é tão distante, as coisas mudaram rápido por aqui!
    E boa parte dessa geração a qual você se refere derrocou junto com os anos, não tenho dúvida disso.
    Será o começo do fim? (que horror).

    Bom, parabéns pelo blog, ótimos textos :)
    (Marcelo Piibur foi minha ponte até aqui, rs)

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  2. Biia nossa adorei seu post!
    Sou o q, soh um ou dois anos mais nova? nem vi diferença, vivi td q vc citou aí, naquela epoca as coisas demoravam pra mudar, não era assim da noite pro dia q mudava a moda, a febre do momento.. Tbm sinto falta d mtu do q vc falou viu, vc não está sozinha não.. =)

    Bjoo
    Natália da Facul..

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