quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ilusões

Às vezes se perde, outras vezes se perde de novo, e raras são as vezes que se ganha. Pelo menos às vezes em que se ganha da maneira como se queria.
É difícil aceitar que nem tudo é como queremos, e quase nada da maneira como esperamos. As chances de se acertar são quase nulas, tudo depende de fatores externos e sempre estamos tentando, mas quase nunca recebendo 100% do esperado, ou ao menos, do planejado.
Dessas circunstâncias da vida nossa de cada dia, surgem as ilusões, aquelas que criamos para conforto próprio, para descanso e sossego da mente, para que possamos muitas das vezes encostar a cabeça no travesseiro, fingindo que está tudo bem, quando sabemos que o mundo vai desabar a qualquer momento.
As ilusões fazem parte da vida, ninguém conseguiria sem elas viver. Seria pesado demais encarar um mundo com verdades absolutas, até mesmo porque, se todos nós o fizéssemos, o mundo seria muito mais que um lugar cinza, seria um todo deprimente, complexo, monótono e sem vida alguma, diante do cabisbaixo de cada ser que encara sua realidade de forma tão real, que é incapaz de sonhar, que nada mais é, do que o produto da ilusão, a qual nós criamos todos os dias em nossa mente.

Ouvindo : This is not a love song - Nouvelle Vague

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Chances...

“(...) E esconder da sua vida o que você sempre quis...”

É isso mesmo, estou iniciando essa postagem com uma frase de uma música lindinha, fofinha e graciosa que adoro, de uma banda q sinceramente gosto e que não é emo ok?
Só para lembrar, e se fosse também, não haveria problema nenhum, porque vou aproveitar a oportunidade para admitir que é verdade sim, eu gosto de Fresno!!! E qual o problema nisso?!
Depois desse desabafo acima, vamos lá...

O motivo de colocar essa música no inicio da postagem é, em primeiro lugar, eu gostar da música, o segundo motivo é que ela tem tudo a ver com o tema que pretendo abordar nessa postagem e o terceiro é que se você parar para ler/ouvir a letra você vai notar que em algum momento da vida, bem lá no fundinho do âmago, naquelas partes subterrâneas dos seus sentimentos que você jurou a si mesmo, nunca mais desenterrar, a letra tem todo um fundo de verdade, porque você, sim, você mesmo, já passou por essa situação, não venha me dizer que você, sujeito barbado de mais de 20 anos nunca passou por isso, porque de duas uma, ou você está mentindo, por ser mais conveniente, ou você é eremita, pois não é possível que isso nunca tenha acontecido.
O tema dessa postagem são as chances, sim sim, as chances. Existem vários tipos de chances, aquelas que professores batutas (não sei de onde tirei isso agora) te dão para salvar suas notas, aquelas que quando você estava atrasado pra ir para escola, um motorista camarada parou o transito infernal, para você pobre estudante atravessar aquela avenida sempre engarrafada onde ficava sua escola, a chance que sua mãe te dá, ao fingir que não viu que você não arrumou aquela bagunça monstruosa do seu quarto e também as chances que você deve dar a si mesmo, aquelas que você é muito teimoso e teima não dar a si e que são em definitivo o assunto dessa postagem.
Às vezes não queremos esquecer, não queremos lembrar, muitas das vezes nos tornamos incapazes de sentir e ouvir, e em outras tantas vezes gostaríamos de sermos realmente incapazes de tanto, pois nos escondemos, fugimos da realidade que nos é jogada na cara a cada minuto e não nos damos conta de tantas coisas que estão ao nosso redor, e que talvez de fato, fossem aquilo que tanto queríamos e que ainda não encontramos, por um simples e tolo capricho humano, chamado teimosia, a teimosia de ver o certo onde tudo está errado.
Sonhamos com tudo aquilo que queremos, sem de fato apalpar esse “tudo”, um tudo que às vezes não passa de um fruto da nossa pobre imaginação deficiente, ou talvez não passe de uma ilusão nem um pouco comedida, de todos os nossos devaneios encantados. E com tudo isso, nós perdemos as chances, as chances de realmente ter tudo isso que tanto sonhamos, em lugares que nós nunca imaginaríamos que estivessem e nessas horas mágicas de descoberta é que se nota o quanto se foi tolo e que você se arrepende de não ter se dado a chance de sentir tudo o que você queria antes, talvez não da forma como você sonhava, talvez muito melhor.
Todo dia nos são dadas novas chances e todos os dias, nós jogamos essas chances fora, pois estamos muito ocupados idealizando o que nunca deveria ser idealizado e sentindo tudo aquilo que não existe, em uma proporção tão grande, que chega a ser assombrosa.
Passamos a vida toda nos prendendo a coisas irreais, tentando viver ou reviver tudo aquilo que queremos e esquecer tudo que vivemos e foi inesquecível. Se dar uma chance não é fácil e mais difícil é dar uma chance aquilo que não tem chance nenhuma, em nossa concepção, mas nada é imutável, então pode ser que sua opinião mude, conforme as chances que você der a você mesmo e também quando você notar que a maior chance de todas é parar de se esconder atrás de coisas que não existem e nunca existirão. Essa definitivamente é uma chance que poucos concedem a si mesmo, mas aqueles que concedem, descobrem o mais importante da vida, que é o viver, e ser feliz.

OBS: Texto um tanto quanto desconexo, mas é o máximo que consegui me expressar, se vocês lerem com atenção e refletirem bem vão entender ;) (afinal não dá pra escrachar minha vida aqui =P)

“Não sabe o que é ter que esquecer
Cada minuto cada instante passado com você
Pra me dizer que não é feliz
E esconder da sua vida o que você sempre quis”

Ouvindo: O que você sempre quis - Stevens